Festival Sons de Vez regressa a Arcos de Valdevez entre Fevereiro e Março

Festival Sons de Vez, considerado o “primeiro festival do ano”, está de regresso a Arcos de Valdevez para celebrar a sua 16ª edição. Durante 2 meses, o Minho dá voz à música portuguesa com talentos emergentes e consagrados, numa mostra de música que acontece todos os fins de semana na Casa das Artes de Arcos de Valdevez. Em simultâneo, decorre a votação dos Iberian Festival Awards, para a qual está nomeado, pelo terceiro ano consecutivo, nas categorias de Best Indoor Festival, Best Small Festival, Best Line-up e Best Communication.

Carlão tem as honras de abertura desta edição a 3 de Fevereiro. Trazendo na bagagem o álbum “Quarenta”, que teve como primeiro single o estrondoso sucesso “Os Tais”, o EP “Na Batalha” e os singles de 2017 “Agulha No Palheiro” e “Viver Pra Sempre”, os veraneantes primeiros avanços do álbum a ser editado durante este ano, o ex-vocalista dos Da Weasel mostra em palco o porquê da sua longevidade.

O fim-de-semana seguinte, mais concretamente o dia 10 de Fevereiro, traz dupla proposta de programação. Primeiro Miguel Tela, que se inspira na escrita pictórica do malogrado artista arcuense Nurmi Rocha e que nos traz a palco o seu álbum de estreia “Embriaguez”. E logo depois, Frankie Chavez que conjuga diferentes tipos de sonoridades, um blues/folk composto por ambientes limpos e por outros mais crus e que mostra ao vivo “Double or Nothing” o segundo longa duração da sua carreira, inspirado na experiência da paternidade.

A 17 de Fevereiro, e a celebrar 15 anos de carreira, os inconfundíveis Linda Martini. Banda de destaque no panorama atual do rock português, trazem uma mão cheia de sucessos e o mais recente single “Gravidade”, agraciado pela crítica, depois de esgotarem o Coliseu de Lisboa num confronto direto com The Legendary Tigerman, que é também uma das propostas desta edição.

O mês encerra a programação a 24 de Fevereiro com o repetente nestas andanças, e no Sons, Jorge Palma, que dispensa apresentações. Com mais de 40 anos de carreira é um nome incontornável na música, na qualidade de compositor, poeta, intérprete e exímio pianista. Traz na algibeira o recente disco “Com todo o respeito”, mas sem dúvida não faltarão ao seu repertório temas clássicos que o imortalizaram.

A 3 de Março, o palco é entregue aos portuenses Blind Zero. A banda apresenta-se em formato acústico, um registo mais subtil mas sem perder a identidade, com aquele que é o oitavo disco da sua carreira: “Often Trees”. Editado no final de 2017, surpreende pela sua intemporalidade, o que revela a enorme criatividade deste colectivo liderado por Miguel Guedes.

O Festival Sons de Vez não abranda, e a 9 de Março apresenta dose dupla com The Legendary Tigerman e Pedro e os Lobos. Influenciado pela tradição e pelas raízes do blues original de Mississippi, Paulo Furtado, que se deu a conhecer pelo alter-ego de Legendary Tigerman, é o perfeito exemplo de one-man band show. Pedro e os Lobos, por sua vez, é um projeto solitário e ousado que cruza vários estilos musicais dentro do universo rock; idealizado pelo guitarrista Pedro Galhoz, poucos são os projetos que se orgulham de reunir tamanho elenco de luxo nas suas colaborações.

No penúltimo fim-de-semana de Março, dia 17, são os Anaquim que assumem o controlo. Inspirados nos cantautores portugueses ligados à revolução, na canção francesa, na música country e, ainda, no blue grass, lançaram recentemente “Um Dia Destes”, disco que teve entrada direta para o 8.º lugar do Top Nacional de Vendas. Na primeira parte, Ricardo Azevedo, o projeto a solo do ex-vocalista de Ez-Special, já com quatro álbuns editados, o último dos quais intitulado “Kaizen”.

O Sons de Vez termina a 24 de Março com duas bandas. A primeira parte fica com os arcuenses Carolina Drama, que trazem o EP de estreia “Memento Mori”; movidos pelo rock n’ roll, a sua frase de eleição é, sem pensar muito, “começar do zero e chegar ao topo”. Logo depois, a banda de rock norte-americana The Last Internationale (na foto),  formada pela vocalista Delila Paz e pelo guitarrista Edgey Pires. Conhecidos pelas suas letras de consciencialização social, assistiram recentemente à entrada na formação do lendário baterista Brad Wilk, ex-Rage Against the Machine; o disco “We will reign”, de 2014, teve inclusive honras de apresentação no programa televisivo “Late Show with David Letterman”.

 

photo: Paulo Homem de Melo / Arquivo Glam Magazine

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