Centro Internacional das Artes José de Guimarães abre as portas ao público

Dia 16 de abril, às 17h, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) dá início a um novo programa artístico do museu, intitulado Nas margens da ficção e com a curadoria geral de Marta Mestre, que será assinalado pela inauguração de 8 exposições inéditas com intervenção de artistas de várias origens e novos diálogos com a coleção permanente do artista José de Guimarães.

As novas exposições poderão ser visitadas gratuitamente neste dia até às 21h, permanecendo abertas ao público no sábado e no domingo de manhã.

 

Com o título Nas margens da ficção, o novo programa artístico do Centro Internacional das Artes José de Guimarães sucede a Para além da história, programa que completou oito anos (2012-2020) e teve a autoria de Nuno Faria. Nas margens da ficção debruça-se sobre o fazer ficcional da arte e remete para a polifonia e o emaranhado de vozes, muitas vezes contraditórias, que disputam o museu, caminhando para dar margem à ficção através de uma imaginação que se dirige para o real e o regenera. Reativando o contar e o narrar, o programa convoca formas de conhecimento esquecidas ou em desuso, especulações digitais, tradições orais, construções mitológicas, fábulas, especulações.

 

Usar intensivamente a ficção no rearranjo entre nós e os outros e experimentar formas de existirmos juntos é uma forma de reescrever a gramática do museu, questionando os seus processos de seleção e exclusão. O museu é a máquina, a engrenagem, deste fazer ficcional e narrativo. Espaço tradicional da purificação dos discursos, mas também da fratura entre objetos, subjetividades e ideias, importa repensá-lo.” refere Marta Mestre.

 

Estas ideias serão exploradas ao longo dos próximos três anos através de ciclos de exposições e programas públicos compostos por visitas, conversas, debates, sessões de cinema e performances. Um programa em construção, aberto e plural, que aponta linhas de pesquisa suficientemente flexíveis, convocando a imagem de um coro de vozes. Não necessariamente afinado por uma métrica perfeita, mas polifónico. Convidando e encorajando diferentes modos de escuta.

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