Um Músico… Um Mecenas… Ricardo Leitão Pedro na Tiorba de 1608

A temporada de concertos com instrumentos históricos prosseguiu este sábado no Museu Nacional da Música, desta vez pelas mãos de Ricardo Leitão Pedro, na tiorba Matheus Buchenberg construída em Roma em 1608.

 

Fascinado desde sempre pelos cantores-instrumentistas da Antiguidade e as suas encarnações em todos os períodos históricos até ao presente, Ricardo Leitão Pedro é um dos raros músicos de hoje dedicado à prática histórica do canto al liuto, acompanhado-se a si mesmo com diferentes instrumentos antigos de corda dedilhada.

Nascido no Porto em 1990, tomou o alaúde aos dezoito anos de idade inspirado por um concerto de Hespérion XXI e encorajado pelo então professor de guitarra clássica Pedro Fesch. Um ano depois é aceite na licenciatura em música antiga da ESMAE (Porto, Portugal), durante a qual recebeu uma bolsa Erasmus para estudar no Conservatoire National Supérieur de Musique et Danse de Lyon na classe de Eugène Ferré.

Em 2013, muda-se para a Suíça para estudar na prestigiada Schola Cantorum Basiliensis, onde termina uma licenciatura em alaúdes medievais e renascentistas com Crawford Young e Marc Lewon e conclui actualmente o mestrado em canto na classe de Dominique Vellard. A nível privado, trabalhou com cantores como Margreet Honig, Gerd Türk e Patrizia Bovi e alaúdistas como Paul O’Dette, Hopkinson Smith, Eduardo Egüez e Rolf Lislevand.

Igualmente investido na investigação musicológica do ponto de vista do performer, prepara actualmente a edição das canções e peças instrumentais do manuscrito Thibault para a editora Suiça Terem-Music baseada em Basel.

Fotografias / Reportagem: Arlindo Homem

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