Teatro Municipal do Porto debate o futuro das artes performativas com ciclo de conversas online

O Teatro Municipal do Porto (TMP) estreia na próxima quinta-feira, 18 de junho, um novo ciclo de conversas online intitulado Nada ficou no lugar, e agora?.

Ainda em contexto de pandemia, semanalmente três convidados e um moderador da equipa do TMP serão desafiados a especular sobre as incertezas e o futuro das artes performativas no pós-confinamento, abordando temas como a criação artística, a gestão cultural, a programação, a comunicação e a mediação de públicos. O ciclo decorre entre 18 de junho e 16 de julho, às quintas-feiras e em direto, às 18h30, na página de Facebook do TMP.

 

O primeiro encontro do ciclo (18 de junho, às 18h30) será dedicado à relação entre criadores e a crescente realidade dos palcos digitais, tendo em conta que no online ainda não é possível substituir a experiência física e sensorial de um espetáculo ao vivo. Para o debate, o TMP convidou o cineasta e encenador Marco Martins — realizador de filmes premiados como São Jorge (2016), Alice (2005) e cofundador (com Beatriz Batarda) da companhia de teatro Arena Ensemble –, o ator e encenador José Nunes (cofundador da Estrutura) e a coreógrafa Catarina Miranda, que vão estar à conversa com Cristina Planas Leitão, assistente de programação do TMP.

 

A “Gestão Cultural” será o tema central do segunda conversa, agendada para o dia 25 de junho, que contará com Carla Bolito (atriz), Cláudia Belchior (Presidente do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II) e Cláudia Galhós (jornalista do Expresso). Com moderação de Francisca Carneiro Fernandes (Diretora Executiva do Teatro Municipal do Porto), as convidadas tentarão responder a várias questões que resultam deste contexto provocado pelo surto de Covid-19 e que envolve equipas, artistas e público “num triângulo de contornos incertos”.

 

Já no próximo mês, no dia 2 de julho, Tiago Guedes, diretor artístico do TMP, vai moderar uma conversa onde se pretende debater as várias questões relacionadas com a forma de programar em tempos de distanciamento físico. Contará com a participação de Aida Tavares (diretora artística do São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa), Renan Martins (bailarino e coreógrafo) e de Nayse López (diretora do festival Panorama, no Rio de Janeiro), que tem contestado duramente a atuação do governo de Bolsonaro que não só extinguiu o Ministério da Cultura como cancelou o apoio financeiro a um dos mais importantes eventos de artes performativas na América do Sul.

 

Joana Barrios (atriz e apresentadora), Bernardo Mendonça (jornalista e autor do podcast de conversas A Beleza das Pequenas coisas, no Expresso) e João Vasconcelos (diretor executivo do Canal 180) vão debater os vários desafios que agora se colocam à comunicação dos espaços culturais, que poderão passar pela a adoção de novas ferramentas e de novos formatos para a criação de conteúdos online. A conversa será moderada por José Reis, coordenador de comunicação do TMP, no dia 9 de julho.

 

O ciclo termina no dia 16 de julho com uma conversa dedicada à mediação de públicos e como o digital poderá influenciar o desenho de projetos participativos, educativos ou de intervenção comunitária. A conversa, orientada por Ana Cristina Vicente, coordenadora do Paralelo – Programa de Aproximação às Artes Performativas do TMP, contará com a intervenção do autor e compositor Pedro Abrunhosa, do coreógrafo e encenador Victor Hugo Pontes e da socióloga Teresa Duarte Martinho.

 

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