Teatro Aveirense apresenta programação para meses de Janeiro e Fevereiro

Os dois primeiros meses de 2021 levam ao Teatro Aveirense vários nomes de referência, representando a música, o teatro, a dança e os vários encontros possíveis entre estas áreas. Um enfoque especial também nas dinâmicas de formação, nas residências artísticas e no serviço educativo. Um arranque que prenuncia as celebrações dos 140 anos deste espaço emblemático da cidade de Aveiro, cujo início está marcado para o dia 5 de março.
Um dos momentos mais aguardados para 2021 no Teatro Aveirenseé a apresentação do espetáculo “Kind”, a 16 de fevereiro, da companhia belga Peeping Tom (na foto). Depois de “Vader (Pai)” e “Moeder (Mãe)”, “Kind (Filho)” é a terceira parte de uma trilogia dedicada à família deste coletivo, na qual se exploram temas como a memória, as recordações e a trágica busca por ligações. Nesta criação, Gabriela Carrizo e Franck Chartier, diretores artísticos da Peeping Tom, abordam os fantasmas da infância, recorrendo a cinco bailarinos e uma mezzo-soprano, aos quais se junta um cenário imponente e repleto de detalhe, que recria em palco a natureza e seus mistérios, um universoque precede o bem e o mal tomado pela magia e por contos de fadas sombrios. Esta apresentação é o resultado de uma parceria entre o Teatro Aveirense, o Centro Cultural de Belém e o Centro Cultural Vila Flor.

 

Noutra fusão artística, desta feita entre a dança e a música, conte-se com o espetáculo “Timber”, uma proposta artística para reaver a nossa conexão com o mundo vivo, um mundo que tem as suas próprias dinâmicas ditadas pela luz e escuridão, pelo dia e a noite. Esta criação tem coreografia do catalão Roberto Olivan e participação musical do prestigiado Drumming Grupo de Percussão, tendo sido concebida para a Companhia Instável. Encontro no dia 15 de janeiro.

 

A dança volta a estar representada no dia 26 de fevereiro, data em que a Companhia Nacional de Bailado regressa ao Teatro Aveirense. Oportunidade de ver o programa “Dançar em Tempo de Guerra”, composto por duas peças históricas da dança contemporânea, ambas criadas na década de 1930: “Chronicle” de Martha Graham, e “A Mesa Verde”, de Kurt Jooss. Duas formas distintas mas complementares de abordar o tema da guerra.

 

Na música, os dois primeiros meses do ano são dedicados contemplam vários estilos sem esquecer as tradições. As atividades começam com o habitual Concerto de Ano Novo, da Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direção do maestro António Vassalo Lourenço, marcado para o dia 1 de janeiro.
Do programa fazem parte uma seleção de valsas, polcas e marchas da família Strauss, assim como obras de Johannes Brahms, Edward Elgar, Astor Piazzolla e Leroy Anderson.

Dias depois há atuação dos Capitão Fausto, no dia 8 de janeiro, num concerto integrado nas Festas em Honra de São Gonçalinho 2021.

Dias depois, a 22 de janeiro, é a vez de Aveiro assistir ao regresso dos Três Tristes Tigres. A banda está de volta e vem apresentar o seu novo álbum, “Mínima Luz”, o primeiro a ser lançado nos últimos 22 anos. Um momento histórico e que contará com a participação especial de Angélica Salvi, testemunho da constante renovação desta banda de culto, composta por Ana Deus e Alexandre Soares.

 

O mês de janeiro termina com a atuação do pianista Filipe Raposo, que vem apresentar o álbum “Øcre”, o primeiro de uma trilogia pensada como um ensaio sonoro e uma interpretação antropológica e artística sobre a cor, cruzando várias fontes de informação na música, na pintura e na literatura.

 

Em fevereiro, o primeiro a subir ao palco será André Henriques, no dia 4, integrado no ciclo Novas Quintas. Conhecido pela sua carreira nos Linda Martini, André Henriques estreou-se a solo em 2020 com “Cajarana”, álbum feito de letras e músicas de sua autoria, numa viagem que partiu sempre do texto para criar um universo musical muito próprio e recheado de histórias.

 

No dia 13 de fevereiro, véspera do Dia dos Namorados, é a vez de Carlão atuar no Teatro Aveirense. O músico apresenta-se no âmbito do festival Montepio Às Vezes o Amor, que se estende por várias cidades.

 

O mês de fevereiro termina com um concerto de Tiago Bettencourt, que lançou em 2020 o álbum “2019 Rumo ao Eclipse”. Tiago Bettencourt já tinha levantado o véu deste novo registo num showcase intimista na Sala do Estúdio do Teatro Aveirense, mas vem agora à Sala Principal mostrar estes e outros temas a um público mais vasto.

 

No teatro, o destaque vai para “Damas da Noite, Uma Farsa de Elmano Sancho” dia 12 de fevereiro. A história deste espetáculo poderá ser resumida desta forma: os pais esperavam uma menina, mas nasceu um menino. Entra-se, assim, no mundo fascinante e provocador do transformismo, explorando a presença ou ausência de fronteiras entre realidade e ficção, ator e personagem, homem e mulher, teatro e performance, tragédia e comédia, original e cópia, interior e exterior, dia e noite.

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