Super Bock em Stock 2019 fecha alinhamento da Casa do Alentejo

Depois da confirmação de Orville Peck, que é um dos nomes mais aguardados da edição deste ano do Super Bock em Stock, o cartaz da Sala EDP novamente situada na Casa do Alentejo, fica agora completo com mais diversidade e arrojo, marcas registadas do Festival. Rua das Pretas, Ive Greice e Tainá prometem levar o seu charme ao palco instalado na Casa do Alentejo.

 

A Rua Das Pretas (na foto) é uma tertúlia musical lusófona nascida em Lisboa na casa do músico brasileiro Pierre Aderne. Música, storytelling, vinhos, amigos chefs de cozinha, produtores de vinho e escritores, apareciam em diversas noites, que aos poucos se tornaram o sonho de consumo de inúmeros lisboetas. Por lá passou a fina flor da música em língua portuguesa, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ana Moura, Carminho, Tito Paris, Camané, Salvador Sobral, entre tantos outros, além de cantores do jazz e da bossa nova como Madeleine Peyroux, Melody Gardot, Jesse Harris ou Anna Maria Jopek. Há dois anos, a Rua Das Pretas mudou-se para um palacete privado do século XVIII na Praça do Príncipe Real, em Lisboa, onde o público tem uma vista deslumbrante sobre o Tejo.

 

Ive Greice começou a cantar com o seu pai, também músico, aos cinco anos de idade. Com 13, já se apresentava em bares na cidade de Brasília, e aos 16 viajava por todo o Brasil cantando em bandas de baile. Ainda em Brasília, começou a dar os primeiros passos da sua carreira a solo. Em 2002, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde teve a oportunidade de conhecer, compor e participar em concertos de alguns de seus ídolos, como Ivan Lins, Márcio Montarroyos, Jorge Vercillo e Dudu Falcão. Foi também na Cidade Maravilhosa que Ive recebeu o convite da Indie Records para gravar o primeiro disco: “Ao Som de Greice Ive”. Em 2012 lançou o segundo disco, “Sem Moldura”, onde estreou parcerias com artistas como Ivan Lins. Depois de um 2018 em grande, que incluiu uma atuação na passagem de ano de Madonna, em Nova Iorque, Ive Greice regressa com “É Tanta Saudade”, “Viagem ao Brasil” e “Filhos do Amor”, três músicas que a cantora e compositora está a lançar no Brasil e em Portugal pelo selo Miranda Records.

 

Tainá nasceu na cidade de Nova Marabá, no Pará, o segundo maior estado do Brasil. Foi aí que começou a crescer, orgulhosa da sua descendência indígena. Morou “em muitos lugares do Brasil”, circunstância que considera decisiva para uma aculturação múltipla e até para contactar com os mais variados “sotaques”. Mas agora quase apetece anunciar que a sua “casa” sempre foi a música. Tudo aquilo que Tainá canta no seu primeiro álbum é composto, escrito e, sobretudo, sentido por uma só pessoa – o que não deixa de provocar espanto. Mais: tudo foi feito por alguém que só agora se estreia em disco, conseguindo à primeira o que tantos perseguem uma vida inteira

 

photo: Paulo Homem de Melo / arquivo Glam Magazine

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