“Sol de Março” de Medeiros/Lucas tem novo single… “Galgar”

Entre concertos e incursões por projectos paralelos, Carlos Medeiros e Pedro Lucas passaram o último ano a preparar o sucessor de “Terra do Corpo” de 2016 e “Mar Aberto” de 2015. “Sol de Março” saiu em Março com a chancela da Lovers & Lollypops e marcou novamente uma parceria com o escritor açoriano João Pedro Porto (A Brecha, Porta Azul para Macau) que, juntamente com Pedro Lucas, desenvolveu o conceito deste novo trabalho.

Depois dos romantismos mareantes do primeiro disco e do intervencionismo físico do segundo, para o derradeiro capítulo da trilogia os dois marinheiros debruçam-se sobre a razão, colocando um personagem feminino, Elena Poena, à procura dos primeiros raios de luz após a escuridão invernal. Ao contrário de Júlio César, esta Poena não tem nenhum profeta para lhe dizer “cuidado com os idos de Março”, e vai ter de perceber que o sol que dá luz também queima.

Podre Poder” foi o primeiro single de “Sol de Março”. Provando a continuidade da matriz musical que o grupo assumiu com os dois primeiros registos, Sol de Março procura uma nova leveza nos arranjos e na voz de Medeiros e reflecte uma forte presença da música minimal norte-americana, sem que com isso se perca a matriz de influências mediterrânicas e africanas que o colectivo tem vindo a galgar. E é precisamente “Galgar” que surge como novo single de “Sol de Março”.

Uma mão cheia colaborações musicais volta a habitar o trabalho de Medeiros/Lucas, que chamaram para o seu lado: o contrabaixista e compositor João Hasselberg, Gonçalo Santos na bateria, Antoine Gilleron em trompete,e o compositor vimaranense Rui Souza em Fender Rhodes, orgão e sintetizadores. Para além de João Pedro Porto, os créditos deste disco voltam a contar com os suspeitos do costume: Augusto Macedo (baixo eléctrico, Fender Rhodes) e Ian Carlo Mendoza (percussão, vibrafone); Eduardo Vinhas (Estúdios Golden Pony) nas gravações e mistura e a masterização de Harris Newman (Grey Market Mastering). A imagem de capa e projecto gráfico está a cargo do artista plástico Tiago Bom.

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