Sala Suggia não ofereceu Resistência à Comemoração dos 30 Anos de Carreira dos Resistência

Foi ontem, dia 11 de dezembro, pelas 21:30, na Sala Suggia, da Casa da Música , que se assistiu a um Concerto e Comemoração dos 30 anos de carreira do grupo Resistência. Sala esgotadíssima, dentro das normas impostas, para um concerto verdadeiramente especial.

O Concerto teve um pequeno vídeo de introdução, com diversos momentos da banda ao longo desta três décadas. A Banda entrou em palco e o público entrou logo em delírio.

O tempo passa, não há como negar isso, mas os nove elementos da Banda continuam iguais a si próprios, nas brincadeiras, no tu cá, tu lá com o público, nas vozes, a tocar, apenas os rostos e os cabelos grisalhos nos fazem acreditar que já passaram trinta anos!

O tempo voa!

 

O público, que estava a assistir ao Concerto, não era só “cotas”, muito pelo contrário, muita “malta” nova, que talvez tenha crescido a ouvir os temas que os pais ouviam ou ainda ouvem, ou então, porque há temas que são intemporais.

Tocaram e cantaram temas como, “Sete Naves”; “Liberdade”; “Timor”; “Esta Cidade”; Só No Mar”; “Chamaram-me Cigano”, entre tantos outros. Não cantaram sozinhos, uma vez que o público foi o décimo elemento da Banda, sempre a cantar, apesar das máscaras, a bater palmas a acompanhar os temas e com os braços no ar.

Foi lindo de se ver!

 

Alguns dos meus destaques, para além de todo o Concerto em si, são os temas “Se Te Amo”, interpretado pelo Fernando Cunha; “Aquele Inverno”, interpretado pelo Olavo Bilac;Circo De Feras”, interpretado pelo Tim; “Um Lugar Ao Sol”, interpretado por Miguel Ângelo e Olavo Bilac.

Não posso deixar de destacar, não só por motivos de gosto pessoal, mas também pela adesão do público, que se levantou das cadeiras e acompanhou com todas as forças, o tema escrito por Zé Pedro, dos Xutos, falecido já há quatro anos, e interpretado por Fernando e o Público,“Não Sou O Único”; “Não Voltarei A Ser Fiel”, cantado por Miguel Ângelo, Tim, Olavo Bilac e Público, e a fechar uma noite memorável, “Nasce Selvagem”, cantado por todos os que estavam naquela sala, foi mágico.

Foi um Grande Concerto, foi uma Grande Noite de festa à qual os amantes da música portuguesa não faltaram.

Eu volto a frisar que vivemos num país pequeno em dimensão territorial, mas enorme em talento, temos grandes vozes, grandes músicos, grandes compositores, grandes escritores, grandes atletas, grandes investigadores,… e por aí fora, mas muitos continuam a pensar e a dizer que”o que vem lá de fora é que é bom”.

 

Somos Grandes, e não é só de agora, é de há muitos séculos atrás!

Vamos apoiar o que é nosso, porque precisamos uns dos outros!

 

Reportagem: Ana Cristiana

Fotografias: Sérgio Pereira

 

Partilha