O concerto de Overkill foi, indubitavelmente, brutal; mas quem estava nas primeiras filas e tirou uns momentos entre o abanar de cabeça desenfreado para olhar para Bobby Blitz, com certeza reparou que algo não estava bem com o vocalista.
E de facto, nas partes instrumentais mais longas de quase todas as músicas, Bobby ia atrás das colunas e voltava pouco depois. Fosse o que fosse, este ritual permitiu-lhe ter o fôlego necessário para acompanhar os seus colegas e personificar o thrash metal que apregoam.
A já conhecida história da sua mãe dizer “arranja algo que gostes para fazer e nunca terás de trabalhar” foi novamente a introdução de “Ironbound” e também mais uma vez o público foi picado com “Is this Portugal or España?” para que gritasse mais alto em “Fuck You”, mas já faz parte e nunca passa de moda – venham lá outros 44 anos.
🖋 📸 Renata Lino