O Nascentes volta a fazer brotar música e arte a partir do potencial da aldeia das Fontes

A ter lugar entre 28 de junho e 2 de julho, o Nascentes voltará a ter como palco e “força de criação” a aldeia das Fontes. Concertos, residências de criação, espaços dedicados ao público infanto-juvenil, convívios e um jantar comunitário são alguns dos momentos chave de um evento desenhado de raiz com o apoio e intervenção directa da comunidade local.

 

Anunciadas as atuações do duo Lavoisier, a estreia (em data única nacional) do projeto colaborativo ZA! & la TransMegaCobla (que junta os catalães ZA! à dupla Tarta Relena e aos históricos Megacobla), a festa de raiz africana dos Kriol e a música do saxofonista Cabrita.

 

No campo das residências de criação, anuncia-se hoje o concerto único e especial do projeto Ligados às Máquinas que, aqui, celebra 10 anos de existência. Os Ligados às Máquinas são a primeira e provavelmente única orquestra de samples em cadeiras de rodas do mundo. Composta por elementos da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), este projeto inovador prepara-se para assinalar dez anos de existência, com a apresentação no Nascentes de um espetáculo inédito, onde se conjuga repertório antigo e novas criações. O desafio: a utilização de uma metodologia mais participativa para que a criação musical seja feita a muitas vozes e instrumentos, convidando diversos artistas a contribuírem para o processo musical através da cedência de samples.

Responderam ao desafio, entre outros: Orquestra e Coro da Gulbenkian, Salvador Sobral, Samuel Úria, Joana Gama, Ana Deus, Rita Redshoes, Bruno Pernadas, Moullinex, Coro Ninfas do Lis, Joana Guerra, José Valente, Surma, Gala Drop, Lavoisier, Cabrita. Do hip-hop ao fado, do rock ao techno, do blues à world music, da música erudita à música concreta, dos sons da publicidade às séries televisivas… tudo se conjuga num espectáculo sonoro único, fruto das vivências do colectivo.

 

Tendo como ponto de partida a ideia de que a integração e desenvolvimento social têm, na sua base, um trabalho de encontro com as pessoas, os lugares e os hábitos, o Nascentes apresenta uma programação que relaciona artistas e espaços, natureza e criação, rasgo e tradição. São seus objetivos a reflexão sobre a natureza, na sua multiplicidade de formas, questionando o modo como nos relacionamos com o outro, a arte e a cultura, a paisagem e como nos transformamos através dessas relações.

 

O Nascentes anunciará mais artistas e o alinhamento completo de atividades no mês de maio. O acesso ao evento é livre, mas algumas das atividades implicará inscrição

 

photo: Vera Marmelo

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