Na criação dos Belgas MDCIII, Mattias De Craene (Nordmann) convidou dois bateristas do mundo do jazz, pop, improviso e música experimental. Eles encaixavam perfeitamente na visão de De Craene.
Enquanto o gravador, a electrónica e a percussão guiam a música além das clássicas limitações acústicas, o resultado musical é surpreendentemente rico em contrastes. O que, ao início, parece abstrato e introspectivo muda de repente para momentos de êxtase. A troca de “moods” e texturas combinam com um complexo padrão rítmico das malhas de bateria que mais parecem rituais.
O resultado são muitas coisas ao mesmo tempo: variação de cores, sons, texturas, ritmos, disposições todas unidas num todo espetacular.
Reportagem e Fotografias: Paulo Homem de Melo