O Fado juntou-se ao Rap.
E Lisboa ao Porto.
Algures pelo meio do caminho, as semelhanças venceram as diferenças, e de uma imensa devoção mútua pela natureza, pela poesia e pela liberdade nasceu um disco.
Inteiramente escrito por Capicua.
Inteiramente sentido por Aldina Duarte.
Um disco que deixa hoje de ser delas (que não aprendem a ser outras) para passar a ser de todos nós.
“Metade-Metade” sucede assim a “Tudo Recomeça” (2022), no caso da fadista, e a “Madrepérola” (2020) no caso da rapper.
E sim, incluímos este novo trabalho na discografia de ambas porque se há coisa que “Metade-Metade” nos ensina (ou não fosse tão especial o seu nome) é que o sonho do impossível se pode tornar cada vez mais possível ao não ser sonhado sozinho.
E foram tantas as pessoas a sonhar este disco…
À aprendizagem repartida entre Aldina (Fado) e Capicua (Poesia) juntou-se a viola de Rogério Ferreira, a guitarra portuguesa de Bernardo Romão, a harpa de Ana Isabel Dias, e o piano de Joana Sá, numa magia conjunta, até que o impossível acabou mesmo por se tornar real, pelas mãos experientes de Joaquim Monte e Becas do Carmo, no estúdio lisboeta Namouche.
O resultado final, que conta ainda com o adorno das fotografias de Isabel Pinto para lhe amplificar a beleza, fica agora disponível em todas as plataformas assim como em CD e Vinil.
Para compra, escuta e adoração.
Quem quiser praticar a sua adoração um pouco mais de perto, poderá fazê-lo já no próximo dia 17 de Abril, no Coliseu de Lisboa, mais especificamente em cima do palco, onde Aldina Duarte, músicos, e público se juntarão para um concerto de estreia que promete ser muito especial.
Fazendo das três metades um gigante e memorável todo.
🖋 Mariana Couto
📸 Isabel Pinto