“Nunca fiz um disco como este antes, com uma banda ao vivo no estúdio, embora sempre quisesse fazer isso”, diz Louis Philippe. Vindo desse homem francês e renascentista de voz dourada, um londrino por opção nos últimos 34 anos, isso parece bastante surpreendente. Afinal, essa figura chave do género pop barroco/ pop de câmara passou boa parte de sua vida fazendo o que queria, como produzir, escrever, arranjar, tocar e cantar em incontáveis discos de outras pessoas, seja como produtor e compositor da lendária editora É! Records de Mie Alway ou como colaborador de The High Llamas, Towa Tei, Martin Newell, Big Big Train, Testbild!, The Clientele e Bertrand Burgalat.
Fazendo malabarismos enquanto um dos escritores de futebol mais famosos e eruditos da Europa (sob o seu nome de nascimento, Philippe Auclair), na última década Louis Philippe manteve a sua comunidade global de fãs reverenciais à espera em vão por novas músicas. Mas todos nós sabemos o que dizem sobre os autocarros de Londres, e actualmente a produção musical de Louis Philippe parece seguir um cronograma igualmente espasmódico.
Este ano já viu o lançamento de “The Devil Laughs”, a sua segunda colaboração pela crítica com Stuart Moxham (Young Marble Giant), agora seguido por “Thunderclouds”, na qual ele se junta a The Night Mail, um trio formado pelo músico e jornalista Robert Rotifer na guitarra (ex-Acid Jazz e Weller), o DJ, produtor e enciclopédia ambulante de pop Andy Lewis no baixo e o supremo Papernut Cambridge, ex-membro de Thrashing Doves e Death in Vegas Ian Button na bateria.
Louis Philippe & The Night Mail editam “Thunderclouds” dia 11 de Dezembro via Tapete Records