O cantautor escocês James Michael Rodgers está de volta às edições com a canção “Borderline“, um hino folk moderno que aborda as lutas e conquistas daqueles que enfrentam doenças mentais e procuram respostas no meio das adversidades da vida.
Esta canção é uma homenagem à resiliência do espírito humano e à profunda conexão que pode ser encontrada mesmo nos momentos mais sombrios. Ganha agora edição em Portugal através da editora lisboeta especializada em folk, Lay Down Recordings.
Rodgers inspirou-se na sabedoria dos lendários bardos e artistas irlandeses, como Van Morrison e The Dubliners. Esses artistas, que também atravessaram a fronteira metafórica para as profundezas da experiência humana, reconheceram o poder transformador de abraçar todo o espectro da vida, incluindo momentos de loucura e insanidade. Esta canção é um testemunho da ideia de que, para se conectar com poderes superiores como autor e com o público, é preciso primeiro sentir a plenitude da vida.
O processo de composição de “Borderline” foi um turbilhão de emoções e experiências. James Michael Rodgers escreveu a canção durante os primeiros meses da primeira onda da pandemia, enquanto vivia à beira de um lago em Jungfernheide, nos arredores de Berlim. Atravessando também ele um período tumultuoso de mudanças pessoais, percorrendo longas distâncias para ir tocar à cidade e imergir-se em reinos de cogumelos mágicos e literatura esotérica. Foi durante esse intenso período de introspecção e exploração que a canção nasceu, sendo composta em apenas 10 minutos.
A primeira apresentação pública da canção decorreu nas Neulich Sessions, uma noite memorável numa cervejaria e que o próprio artista organizou em Neukölln. O refrão cativante conquistou o público, e sua participação entusiástica não deixou dúvidas de que havia tocado em algo profundo. “Borderline” tornou-se numa poderosa fonte de cura e comunidade, incorporando a essência do que a composição de canções pode alcançar quando toca os corações e almas de seus ouvintes.