Doze anos depois de se ter apresentado na segunda edição do Misty Fest, na altura ainda Sintra Misty, John Grant está de regresso, desta vez com o seu mais recente trabalho “Boy From Michigan”, dias 22 de novembro na Casa da Música (Porto) e 23 de novembro no CCB (Lisboa).
John Grant é, justamente, um dos mais celebrados e consagrados cantautores do nosso tempo, um artista que o histórico NME afiança ter no seu último trabalho criado uma obra “de assombrosa beleza“. De facto, “Boy From Michigan”, um disco produzido por Cate Le Bon e criado “logo no início do pesadelo da pandemia e durante toda a campanha presidencial“, diz, é um registo extraordinário de um artista que cuida de se reinventar a cada novo passo. E será esse o trabalho que agora trará a Portugal para um muito aguardado concerto. Para Grant, o confinamento foi em grande parte académico.
É um homem de natureza insular e retirou-se da sua América natal em 2011, indo viver para a Islândia.
Grant conheceu Le Bon quando atuaram no Park Stage em Glastonbury em 2013 e rapidamente se tornaram amigos e fãs do trabalho um do outro. Posteriormente, ela fez um dueto com Grant no Royal Albert Hall em 2016 e John retribuiu o favor no Green Man em 2018. Falaram muitas vezes sobre a possibilidade de Cate produzir um álbum para ele. “A Cate e eu somos ambos pessoas com muita força de vontade, o que é excelente”, diz Grant. “Fazer um disco é difícil num dia bom. O stress crescente das eleições e da pandemia começou realmente a afetar-nos no final de Julho e Agosto. Por vezes, foi um processo muito stressante, dadas as circunstâncias, mas também cheio de muitos momentos incríveis e alegres”.