É possível um concerto intimista decorrer num espaço como o Parque da Cidade? A resposta é… James Blake consegue e pela segunda vez…
Sim depois de ter apresentado as canções de “Overgrown” em 2013, quem não se lembra do mítico “Retrograde” depois das 2 da manhã, James Blake voltou a silenciar o NOS Primavera Sound com as canções, que entretanto evoluíram, de “Assume Form”, não faltando o já referido “Retrograde”.
Em 2019, James Blake tocou mais cedo, acompanhado em palco, mas a intimidade das suas canções e da sua presença sempre esteve presente.
O músico londrino está mais adulto, mais preocupado com a sociedade que o rodeia, fala dos seus problemas e anseios, não esconde os seus dramas que se extendem sobre as suas experiências com saúde mental, masculinidade moderna e até o encontro de uma paz interior.
James Blake é uma influência que pode ser sentida em toda a paisagem musical moderna, muitas vezes escondida à vista de todos, que diga Rosalia que não foi esquecida no tema “Barefoot in the Park”.
James Blake encerrava um segundo dia com chave de ouro conquistando um lugar no pódio que teve em Courtney Barnett e Interpol os pontos altos do festival. Para memória ficam as canções de “Assume Form” mas não só…
Assume Form
Life Round Here
Timeless
Mile High
I’ll Come Too
Barefoot in the Park
The Limit to Your Love
Are You in Love?
Can’t Believe the Way We Flow
Loathe to Roam
Where’s the Catch?
Voyeur
CMYK
Retrograde
Don’t Miss It
Fotografias: Paulo Homem de Melo
Reportagem: Sandra Pinho