Interpol de Nova Iorque com muito amor… no NOS Primavera Sound 2019

8 Junho, 2019

Vinte anos depois da sua formação, e 15 após o lançamento do seminal “Turn On the Bright Lights”, Interpol, o trio formado por Paul Banks, Daniel Kessler e Sam Fogarino já existe há mais tempo e tem uma discografia mais extensa do que a maioria das referências com as quais é comparado.
Ao longo dos anos o NOS Primavera Sound traçou uma linha (podemos apelidar de editorial) onde os Interpol surgiam como uma referência. Essa referência serviu para ao longo de 8 anos, esta edição incluída, para conhecer nomes marcantes da nova corrente indie rock proveniente de locais tão dispares com Estados Unidos, Australia e até Nova Zelandia.
Formados em Nova Iorque, Paul Banks desde cedo não esconder o seu gosto pela corrente britânica do pop alternativo que teve nos Oasis ou Blur alguns dos seus expoentes máximos. Por outro lado não esqueceu as referências dos conterrâneos de Boston, os Pixies, juntando como se costuma dizer o melhor de dois mundos.

Os Interpol são tudo isso e muito mais, em palco a sua presença é marcante e sem falhas, muitos anos de estrada ajudam a que tudo seja perfeito, desde a escolha de canções, percorrendo a já vasta carreira de 20 anos até à postura dos elementos em palco da banda liderada por Paul Banks existe um guião a seguir sobretudo com muito amor (pela música) para transmitir, onde nem sempre a falta de simpatia de Banks teve mostrar o contrário.
Na segunda noite do NOS Primavera Sound, os Interpol tinham a difícil missão de manter um público que esteve no parque da cidade para ‘ouvir’ o oposto, o descartável ‘regaton’ de J.Balvin, mas afinal existe público fiel para a (boa) música e para uma banda que continua a ser acarinhada pelos Portugueses, preenchendo na totalidade a já apelidada Praça Seat.
Será escusado repetir que os Interpol partilharam com Courtney Barnett o troféu para melhor concerto da noite do segundo dia do NOS Primavera Sound