Ghost Hunt em discurso directo a 24 horas da estreia ao vivo de “II”

É já esta sexta feira que os Ghost Hunt apresentam ao vivo no CCOP no Porto / online o segundo trabalho “II”.
Antevendo o concerto ao vivo “online”, a Magda Veiga da Costa esteve à conversa com a banda sobre o disco e muito mais…

 


 

Glam: Foi a música electrónica que vos juntou ou já se conheciam antes? Quem é que falou primeiro com quem?

Já nos conhecemos do tempo do liceu. O Pedro Oliveira apesar de ser natural de Lisboa, viveu alguns anos em Coimbra. Era comum encontrarmo-nos pela noite e em concertos. Mas foi o início deste projecto em 2015  que nos aproximou.

 

Glam: Pedro Chao, suponho que a maneira como tocas baixo em Ghost Hunt é bastante diferente da que tocas nos The Parkinsons? Esse background de punk rock ajudou-te ou condicionou-te desafiando-te durante o processo criativo?

Sim é diferente. No meu caso ter esse background acho que não podia ser melhor. Também não creio que me tenha condicionado ou impedido de me expandir para outras sonoridades. Há sempre um pouco da ética punk ou indie rock no nosso som. Acho que a segunda música do novo album, Shadow Factory, é um exemplo disso.

 

Glam: O que é que inspirou a sonoridade de II? Algum filme, nave espacial ou teoria científica?

É difícil fazer uma descrição de tudo aquilo que nos influencia para fazer música. Há certamente coisas que nem nós próprios sabemos onde vamos buscar ou que aparecem de forma imediata sem nenhum tipo de conceito po trás. Da parte do Pedro Oliveira sei que há uma relação com todo um imaginário visual, sonoro e até filosófico que se pode encontrar em filmes sci fi ou de terror. Mas as nossas referências musicais são a base essencial ou uma das grandes motivações para tocar

 

Glam: O vosso segundo álbum intitulado II foi lançado no dia 28 de Maio. Acham que é perfeito para ouvir enquanto..?

… em casa, no carro ou a ver um filme mudo de ficção científica.

 

Glam: Há vontade de fazer um III? É difícil estarem em estúdio juntos ou Ghost Hunt é mais uma desculpa para isso mesmo?

Acho que este é um período complicado para previsões desse tipo. Ter oportunidades para tocar ao vivo este disco é nosso desejo. Depois logo se vê.

 

Glam: O que é que ouvem normalmente?

Ultimamente temos ouvido um pouco de jazz, funk, soul, hip hop, compilações de indie rock e de electrónica. Harald Grosskopf, Broadcast, Popol Vuh ou então projectos mais recentes como Peel Dream Magazine ou Mosses.

 

Glam: Como está a ser, até agora, a experiência com a editora Lovers & Lollypops? Já conheciam a equipa?

Apesar de nos conhecermos há já alguns anos, só mais recentemente é que começámos a colaborar. Está tudo a funcionar bem, ficámos muito contentes que tenham gostado do álbum

 

Glam: Há algum episódio interessante que tenha acontecido ao longo da gravação do álbum em Coimbra?

Temos pena, mas não houve assim nada de interessante. Tudo normalíssimo. Já tivemos no passado alguns episódios caricatos em Coimbra, mas normalmente mais a seguir  aos concertos e em ambientes mais descontraídos e festivos.

 

Glam: Já têm agendados outros concertos ou streamings após a apresentação do novo disco esta sexta-feira à tarde no auditório do CCOP? Quais são as vossas expectativas?

De momento não temos mais nada marcado. Infelizmente e por causa da pandemia isso ficou sem efeito, mas pode ser que lentamente isto se vá compondo. Quanto às expectativas, nem tudo está a correr mal. Parece que o disco está a ser bem recebido e isso é muito gratificante. Para completar só falta mesmo tocar ao vivo e a edição nos formatos físicos.

 

Glam: Como estão a enfrentar este novo paradigma no mundo da música? Acreditam que a Indústria Cultural tem mais facilidade em adaptar-se tendo em conta que está composta por grandes mentes criativas?

Fazemos o possível para levar esta situação da melhor maneira. Há que ser realista e aceitar a situação frágil em que nos encontramos. Só se poderá resolver se trabalharmos todos no colectivo. É um desafio e ninguém sabe como isto se vais desenvolver. O futuro é incerto. Esperamos que isto se venha a ultrapassar e que se aprenda algo com isso. Não podemos continuar a olhar para o mundo da mesma maneira.

 

Photo: Pedro Medeiros

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