Existe uma incrível sensação de liberdade nos concertos de Jessie Ware. Uma sensação de libertação e de alegria contida que se vai libertando ao longo do concerto, culminando com a sensibilidade moderna de “Free yourself” que celebra a alegria de sermos nós mesmos, sem mascaras.
São sobretudo essas sensibilidades modernas que tornam a música e os concertos de Jessie tão memoráveis que nos leva a questionar…. “What’s Your Pleasure?”
Em palco, e a fechar a noite do primeiro dia do Vodafone Primavera Sound, algo amorfo até Jessie subir ao palco, deixamos de lado a ansiedade, o síndrome de impostor e toda aquela preocupação e sensação de que não somos bons o suficiente.
Entre canções de prazer e luxuria, o alinhamento recua até tempos idos de Jessie mas descola para o futuro ao som de temas como “Pearls”, onde a diva da pista de dança regressa ao lugar a que ela pertence, ou “Begin Again” onde se canalizam as energias detrás de What’s Your Pleasure?”.
“Freak Me Now” e “Beautiful People” completam o lote de libertação junto do público, que não se inibe de replicar o que assiste em palco, e que abandona como já referido, o síndrome de impostor.
Jessie abandonou as suas próprias inibições, ansiedades e expectativas colocadas sobre si mesma. Jessie não é apenas uma pessoa em total controlo, mas alguém em pico de forma como ficou comprovado no (curto) concerto ao fechar a noite do primeiro dia do Vodafone Paredes de Coura.
🖋 Sandra Pinho
📸 Paulo Homem de Melo