Festival MARé revela cartaz…

A 2ª edição do festival de músicas do mundo, regressa nos dias 9, 10 e 11 de dezembro, ao Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim e traz projetos de várias regiões da Europa, tendo a música de raiz como impulso criativo. “As expectativas da programação do maré são a solidificação da criação de uma oferta diversificada em formato festival, das mais vastas raízes tradicionais até à exploração e recriação dessas mesmas fontes.” explica ainda o promotor José Costa.

 

O pontapé de arranque é no dia 9, com a atuação de Maria Monda, trio formado por Sofia Adriana Portugal, Susana Quaresma e Tânia Cardoso, partilham o gosto pela pesquisa vocal, sonora e cénica. Segue-se Aníbal Zola, cantautor e contrabaixista do Porto, que utiliza a língua portuguesa como cúmplice no processo de composição. E, por fim, o trio The Sey Sisters, numa viagem desde o gospel à música africana com cantos impregnados de profunda emoção que emergem da luta contra a injustiça.

 

Segue-se o dia 10 de Dezembro que começa com o espetáculo de Ayom, banda multicultural composta por 6 navegantes musicais que atravessam o Atlântico Negro, desde Angola até ao Brasil, com uma identidade mediterrânea especial. RAIA vem logo a seguir, um projeto-síntese do músico, compositor e intérprete António Bexiga, que percorre as sonoridades da viola campaniça, também designada por viola alentejana, nas suas fronteiras acústica e elétrica, analógica e digital, tradicional e experimental, ensaiada e instantânea, em diálogo direto ou diferido com outras formas de arte, visuais ou de performance. De seguida entra Selma Uamusse, cantora moçambicana que explora as raízes do seu país de origem, usando ritmos e letras em línguas nativas, com a utilização de instrumentos tradicionais como timbila e mbira, combinando tudo com electrónica e com outras referências que espelham as suas diversas influências. E, para fechar o segundo dia de festival, Os Camelos, um trio brasileiro de música orgânica que age como intervenção sonora e poética nos palcos, ruas e carruagens dos comboios e metros das cidades, com performances intimistas e energéticas.

 

Por fim, o dia 11 começa com Zeca Medeiros, músico, compositor, ator e realizador, mas também um amante das rotas e sons do Atlântico, onde a sua voz encontra as palavras que canta. Seguidamente Caravela, banda liderada pelos portugueses Telmo Sousa e Inês Loubet, inspira-se nas tradições comunitárias de países lusófonos como Brasil, Portugal e Cabo Verde, com uma abordagem que abrange os grooves contemporâneos e a improvisação. Logo depois entra Mart’Nália, compositora, cantora e instrumentista brasileira, é filha de Martinho da Vila, tendo começado a carreira artística ao lado da irmã Analimar, em vários espetáculos e discos do pai, como voz de suporte. Já cantou ao lado de Maria Bethânia, Caetano Veloso, Ana Carolina, Zélia Duncan, entre outros. É com os Fanfara Station que a 2ª edição do festival fecha, numa celebração extasiante num transe de batidas e sonoridades electrónicas e ritmos norte-africano, criados por apenas três músicos italianos, graças à enérgica utilização de um arsenal de instrumentos

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