Efterklang, Sensible Soccers e MadMadMad vão estar Aleste

São mais três nomes os que hoje se juntam ao Aleste deste ano. Os dinamarqueses Efterklang, os portugueses Sensible Soccers e os franceses MadMadMad adensam a lista de nomes que marcarão o dia maior da festa que, a 30 de maio, regressa ao Funchal e ao Complexo Balnear da Barreirinha.

São uma das mais famosas bandas da Dinamarca. Fenómeno de culto na Europa e fora dela, o trio Efterklang tem construído, a cada disco, um corpo de trabalho que vai além da música. Foi assim em Piramida, projecto multiverso, inspirado na cidade fantasma com o mesmo nome, e que deu origem a um disco, um filme e uma performance ao vivo que correu alguns dos principais palcos mundiais. Em Setembro do ano passado lançaram “Altid Sammen”, o quinto disco de estúdio carimbado pela referencial 4AD, pondo fim a um interregno de sete anos na produção de originais. Ousado e ambicioso, visceral e emocional, o registo volta a mergulhar-nos no universo experimental que é a sua imagem de marca: música tecida a elementos acústicos e eletrónicos, entrelaçando as referências barroca e digitais, com harmonias perfeitas e os vocais quentes e sábios de Casper Clausen.

Já não é a primeira vez que os vemos pela Madeira. Na altura, à boleia de Vila Soledad, os Sensible Soccers marcaram a edição 2017 do Aleste com um concerto viagem pelo seu universo salpicado de melancolia. Regressam com renovada formação, numa altura em que se redescobrem num novo espaço criativo, onde voltam a fugir do tradicional formato canção, mas se abrem, de forma mais clara, às melodias pop e à dança. No arranque de uma nova “Aurora” (o quinto disco que os catapultou – novamente – para os tops nacionais) voltam a experimentar-se pela diversidade estética com que constroem os seus temas. Um álbum que honra um passado glorioso de sublime estética ambiental, e homologa, assim, mais uma vida para a banda.

Moldado a partir dos sons mutantes dos anos 70, entre o new wave, o post-punk e a disco, os MadMadMad são uma banda completamente rendida às vontades do groove. Estranha e maluca, sombria e engraçada, a música que fazem é serva assumida das pistas de dança, numa altura em que o mundo, lá fora, enfrenta a confusão, o desânimo e a dificuldade. Música alimentada pela alegria desenfreada e catártica, que nos empurra para a alienação, essa que é gatilho para a consciência e saída para um nova esperança. E, por isso, dancemos, num movimento colectivo rumo a uma nova festa mundial.

 

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