E os 30 melhores álbuns nacionais de 2018 são…

Todos os anos a Glam Magazine escolhe entre todas as edições nacionais, aqueles que considera os melhores discos do ano da música Portuguesa.

Mais de 130 discos nacionais foram ouvidos e analisados ao vivo ao longo do ano de 2018 para ficar uma lista com apenas 30 discos cuja classificação é apresentada de seguida.

 

  1. Cave Story “Punk Academics” (Setembro)

Cave Story o trio das Caldas da Rainha, que se tornou um quarteto durante a tour de lançamento do seu primeiro disco de 2016 (“West”), voltaram às edições em 2018. Ao longo do disco percorremos as lições do DIY, do punk, do hardcore. O ano de 2018 ficou marcado pela edição de vários ‘segundo disco’ como o caso dos Cave Story. A sempre difícil edição do segundo trabalho acabou por trazer alguma inovação a “Punk Academics”, resultando melhor em disco do que ao vivo.

  1. Birds Are Indie “Local Affairs” (Abril)

Se provas forem precisas para atestar a geometria dos Birds are Indie apresentada está correcta, no palmarés do trio contam-se já vários EP’s e álbuns auto-editados. “Local Affairs” junta a banda à familia Lux Records. Neste cenário de cumplicidade musical (e não só) que se tem sentido em Coimbra “local”, a banda foi-se entregando a diversos “affairs” que influenciaram a construção do álbum, desde o som, a algumas letras, passando pelo ‘artwork’. Com “Local Affairs” o trio atinge a maturidade musical com um trabalho mais encorpado e sólido, quer em disco quer ao vivo.

  1. Jiboia – OOOO (Novembro)

“OOOO” nasce do processo de criação e residência realizada no DAMAS bar em 2017 e conta com a colaboração de Mestre André, que se junta a Ricardo Martins e a Óscar Silva para assinarem este terceiro trabalho da banda. A viagem de “OOOO” é mais partilhada do que as anteriores. Bem redondinho, como o titulo, é música de cosmos, e não é exagero pensar em Sun Ra como inspiração, dado o diálogo rico, fluente e aberto que acontece entre os músicos ao longo dos (apenas) quatro temas de “OOOO”

  1. Medeiros/Lucas – Sol de Março (Março)

Um sol da meia noite com influências mediterrânicas e africanas que o colectivo tem vindo a percorrer nos últimos anos e que levaram à elaboração do “Sol de Março”. Os poemas cantados, ou estórias de Carlos (Zeca) Medeiros relatam de forma irrepreensível uma poesia de formas femininas, mas ao mesmo tempo interventiva. Longe das antigas canções de intervenção, existem essas raízes nos temas apresentados pelos dois em disco.

  1. Beatriz Pessoa – II (Março)

Depois de “Insects”, lançado em 2016, Beatriz mostra agora novas canções num EP com 6 novas faixas. Em “II”, as canções de toada jazz mas com estrutura pop de Beatriz Pessoa se prestam a um novo passo na carreira da compositora lisboeta. Um EP a conquistar um lugar de um álbum em 2018 e a simpatia de quem conquista grandes e pequenos palcos.

  1. Bed Legs – Bed Legs (Maio)

Música embebida, entornada e enrolada em melodias que despertam a maior das emoções e sensações, numa roda-viva que brota vivências por todos os lados. É assim com “Bed Legs”. Na verdade, não há meio-termo. Sempre no limite da navalha, do rasganço, perfilam-se na dianteira do mundano, do profano, e não rejeitam atirar-se para um precipício melancólico, se assim tiver de ser. O sempre ‘dificil’ segundo disco foi superado pela banda de Braga com a ajuda preciosa de Budda Guedes.

  1. PAUS – Madeira (Abril)

A ideia de uma ilha que flutua, na intercepção das Américas, África e Europa, pareceu um retrato fiel do som que estavam a ouvir. Uma ilha que se deixa levar e gosta de quem quer e está sempre à espera do barco é a forma como os PAUS olham para a “Madeira” e para si próprios, enquanto plataforma criativa. Se soa bem, sabe melhor, então é casa e “Madeira” leva os PAUS a um novo nível artístico.

  1. The Walks – Opacity (Novembro)

Nada melhor que a banda definir o seu próprio trabalho… “O álbum é dividido por dois momentos distintos que, porém, se complementam. Os ambientes coloridos, caracterizados por guitarras simples, vozes ondulantes e uma percussão bem vincada, contrastam com um lado obscuro onde as guitarras musculadas e a voz hipnótica resultam num ambiente sonoro mais espacial. Essencialmente, Opacity retrata o equilíbrio daquilo que é a nossa história de vida.”

   22. The Twist Connection – The Twist Connection (Junho)

Nada de conceptual, simples! Influenciados por uma série de estéticas do século XX que entraram pelo novo milénio, desde os 50´s ao Punk, encontram em 2018 a própria identidade ou, pelo menos, fazem por isso. Não são do Garage nem de qualquer vaga Psicadélica, gostam de Rock´n´Roll e praticam-no. Sobrevivem-no e falam sobre isso. E quem quiser saber mais, vai ter de ver e ouvi-los, agora acompanhados pela Raquel Ralha.

  1. Conjunto Corona – Santa Rita Lifestyle (Outubro)

“Santa Rita Lifestyle” (o 4º álbum de originais do Conjunto Corona) é a glorificação de Valongo, Ermesinde, Gaia, Trofa, Santo Tirso, Gondomar, Vila do Conde e, até, de Rio Tinto. “Santa Rita Lifestyle” é a religião onde as missas são substituídas por idas às bombas num Civic, às duas da manhã, para tomar café e fazer a rotunda de “gazão” com as sapatas a “poliçar“. “Santa Rita Lifestyle” é o sangue de Corona que será derramado sobre vós, agora e para sempre, ámen.

  1. Beautify Junkyards – The Invisible World Of… (Março)

“The Invisible World of…” é, acima de tudo, um álbum com um espírito colectivo muito acentuado e em que a maioria das músicas tiveram como raiz longas sessões de improviso. Musicalmente, este terceiro álbum dos Beautify Junkyards é mais atmosférico e com uma amplitude emocional mais alargada que os trabalhos anteriores da banda. A sua característica cosmic folk mantém-se como elemento nuclear mas em “The invisible World of…” surge tingida por ritmos ritualísticos, ambientes mais noturnos e misteriosos.

  1. Dino D’ Santiago – Mundo Nôbu (Outubro)

O Funaná, o Batuku, a Morna, a Kizomba, o Afro-House e uma panóplia de  movimentos rítmicos ainda não catalogados são a base sonora onde a voz deste ‘crooner Badio’ se instala, exteriorizando  tanto emoções de celebração da vida, como se recolhendo intimamente em momentos mais virados para o interior, cantando as histórias do arquipélago da Morabeza, o mar que os leva para longe e o mar que os faz regressar ao colo das mulheres que lhes deram vida. As filhas de uma mesma mãe, esta “Africa di Nôs” que se descobre agora num “Mundo Nôbu”

  1. David Fonseca – Radio Gemini (Maio)

Para além dos adjectivos que possamos encontrar para o classificar, de vibrante a surpreendente, de inesperado a sólido, de arriscado a dinâmico, este, e disso não há dúvida, é o seu trabalho mais vertiginoso. Efectivamente, escutar “Radio Gemini” transporta-nos em “mach 3” no seu imaginário criativo, do solo à última das nuvens, numa liberdade artística pouco vulgar actualmente, sem fronteiras estilísticas, numa verdadeira afirmação de “eclectismo pop”… e o mais interessante, David Fonseca volta a cantar em Inglês!!

  1. Sequin – Born Backwards (Maio)

Há linhas de continuidade na sonoridade de Sequin, mas a transformação e o crescimento é evidente. A cultura clubbing está (sempre) presente, numa eletrónica que tanto é minimalista como pujante, sem nunca abandonar por completo o formato da canção pop. As suas músicas levam-nos a uma espécie de orientalidade electro-pop, embalada por uma voz doce e envolvente, por ritmos quentes e sons delicados e pelas ambiências antagónicas que vai criando, num misto de festa e de nostalgia, quer em disco, quer ao vivo.

  1. The Parkinsons – The Shape of Nothing of Come (Abril)

Com um título fatalista e com uma carga e uma narrativa de sufoco, ansiedade e frustração que são o cunho da banda, “The Shape of Nothing of Come” conta com mais um conjunto de canções levadas e vividas sempre no limite: mais límpido, mais cru, mas não perdendo a contaminação e a veia sonora dos discos anteriores. Mais rebuscado no processo conceptual e estético mas nunca perdendo o fio condutor e a energia inerente à banda, o álbum reforça o diálogo do não virtuosismo e do não conformismo, bem presente nas apresentações ao vivo da banda.

  1. The Happy Mess – Dear Future (Abril)

“Dear Future”, um disco que mergulha numa synth pop elegante e perversa. Um regresso às canções que cruzam as guitarras e a electrónica dos anos 80. Um disco com uma narrativa que interroga sistematicamente a linha do tempo, confrontando o futuro, que tantas vezes condiciona a realização do presente. São 11 novas canções produzidas mais uma vez por Rui Maia, e mais uma vez banda volta a experimentar o Português numa das faixas. Joana Espadinha é a nova cúmplice da banda…

  1. Flak – Cidade Fantástica (Outubro)

Flak, músico e produtor que fundou bandas como Rádio Macau e Micro Audio Waves e que conta com uma carreira de mais de 35 anos regressou em 2018 com um novo disco a solo… “Cidade Fantástica”, o último disco a ser gravado no agora extinto Estúdio do Olival onde ao longo de 30 anos Flak gravou e produziu largas dezenas de discos. Benjamim aliou-se a Flak para mostrar que uma “Cidade Fantástica” carrega energia pop contagiante e única e capaz de devolver Flak ao espectro musical nacional sem limites temporais.

  1. Lince – Hold To Gold (Outubro)

Se em “Drops”, o EP publicado em 2017, já era perceptível um padrão próprio assente numa aparente dicotomia entre emoções e sensações, “Hold To Gold” reforça essa matriz na música criada por Lince, entre apelos à dança e à contemplação ou entre diálogos e monólogos (nalguns casos como se de mantras se tratassem num quase paralelismo musical à obra visual “Memento”), bases sonoras que provocam e obrigam a percorrer as sonoridades clássicas de um piano por entre a densidade da electrónica servida por ritmos e registos contemporâneos. E tudo isto pela mão educada e da voz cristalina de Sofia Ribeiro.

  1. Linda Martini – Linda Martini (Fevereiro)

“Linda Martini” é abrasivo, trazendo à memória “Casa Ocupada” pela sua urgência e descontrolo, mas revela um equilíbrio cada vez maior desses elementos com o ritmo, a melancolia e o intimismo do seu antecessor. Os Linda Martini de hoje podem ser Rock e Fado, Fugazi e Variações, Fela Kuti e Afrobeat, Tim Maia e Funk, sem nunca soarem a outra coisa que não eles. Poucas bandas sabem como remexer e criar desconforto à primeira audição. Da harmonia ao caos, do balanço lânguido às cavalgadas épicas. Linda Martini soa a disco feito por quatro cabeças entre quatro paredes, sem medo que se oiça do lado de fora, e que ao vivo protagoniza um mundo paralelo que foi idealizado em estúdio.

  1. Glockenwise – Plástico (Dezembro)

“Plástico” é o disco de mudança de paradigma e chegada à idade adulta destes 3 simpáticos rapazes de Barcelos. Sem vocação para a cerâmica, herdaram o espírito da (já) famosa ‘cena de Barcelos’, uma narrativa cool que tem o Milhões de Festa como epicentro e a boa vizinhança como política criativa na altura de arranjar sítios para ensaiar e instrumentos emprestados para começar a tocar. “Plástico” é uma inesperada caixa de ritmos, uma linha de baixo cheia de groove e borboletas electrónicas a cintilar que atravessam muralhas sonoras cimentadas com guitarras distorcidas, enquanto brotam mais uma mão cheia de versos que ficam na memória de todos… “Plástico” chegou tarde mas conquistou que o ouviu nos últimos dias do ano de 2018.

 

  1. Mike El Nite – Inter-Missão (Dezembro)

Este singular momento de criação de Mike El Nite, não se fez sozinho… “Inter-Missão” percorre 2 anos da vida de Mike El Nite, agora que chega ao limiar do seu 30º aniversário. Fugaz, atrevido e ousado (como sempre), o disco reparte-se entre a música e a banda desenhada que acompanha esta segundo missão de Miguel Caixeiro na música como que de uma missão secreta se tratasse. O toque de midas das canções, J-K, Rita Vian, Catarina Boto, Fínix MG e Sippinpurpp dão ajuda nas vozes.” Inter-Missão”, lançado no ‘dificil’ mês de Dezembro, é a prova mais que viva que o hip hop refresca-se em pleno Inverno.

  1. X-Wife – X-Wife (Abril)

“X-Wife”, um disco que chega quase 7 anos depois do último registo de originais da banda com 10 novas canções trabalhadas ao mais ínfimo pormenor. A espera foi longa e, como acontece em todas as esperas deste género, a expectativa para um álbum novo dos X-Wife era enorme. Um exorcismo, um acto de libertação onde a banda com as suas canções decide romper com o seu universo materialista e iniciar um ritual de regresso às origens.

  1. Keep Razors Sharp – Overcome (Outubro)

Anos a dar o peito e sangue à música de guitarras em vidas diferentes, estes quatro capangas juntaram-se para uma jornada importante. O Bráulio, o Afonso, o Rai e o BB são os tipos que acabaram acidentalmente por vir personificar o rock’n’roll em Portugal. Sim, esse que jamais dará de si enquanto houver gente como eles pronta a dar-lhe o soro necessário. Bons vilões deste (nosso) rock português, trouxeram um irmão mais novo para o disco de estreia de 2014. O sempre difícil segundo disco que acabou por fugir literalmente da sombra do primeiro.

  1. Best Youth – Cherry Domino (Junho)

Em “Cherry Domino”, Ed e Kate criaram temas envolvidos numa estética neo-noir, com influências do cinema da década de 80, em que os sintetizadores e as caixas de ritmo se cruzam com texturas ambientais e melodias nostálgicas. O muito aguardado e difícil segundo álbum dos Best Youth não tem a mesma energia e inovação do disco de estreia do duo mas em “Cherry Domino”, os Best Youth exploram os conflitos e inquietações internas que, num mundo de partilha e interligação, cada vez mais são escondidas e dissimuladas. As músicas estão enquadradas como histórias e desabafos emocionais, contadas a uma espécie de ‘linha de apoio emocional’ fictícia, cuja única função é ouvir e empatizar.

  1. Filipe Sambado – Filipe Sambado & os Acompanhantes de Luxo (Abril)

“Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo”, apresenta-se como um compêndio de sons organizados na forma de hinos. Um conjunto de canções que partem de uma matriz indie pop e consolidam um universo sónico que tanto estabelece cumplicidades com a música portuguesa (da canção de autor à música popular e de baile), como se deixa contaminar pelo krautrock, lo-fi ou surf music. São canções que nos interpelam, convocam a memória e projectam-na num exercício de reconfiguração da identidade portuguesa actual. Filipe Sambado passou a infância e adolescência de um lado para o outro, e talvez essa errância não seja um mau ponto de partida para entender quem ele é. Se o seu crescimento é feito a errar dentro de uma fronteira, a sua música desbrava o trilho da intimidade de quem se confessa, mas inevitavelmente traz a vulnerabilidade de quem viaja.

  1. Márcia – Vai e Vem (Outubro)

Foi com “Tempestade“ que “Vai e Vem”, o quarto álbum de originais de Márcia foi desvendado. 12 temas, onde se encontram duetos com António Zambujo, Salvador Sobral e o sempre companheiro de ‘batalha’ Samuel Úria, “Vai e Vem” traz mais uma vez a simplicidade e a magia da voz cândida de Márcia, em canções simples mas complexas na forma que a cantora as transforma, transmitindo desencontros, perdas e abandonos. Um disco de amores e desamores para interiorizar ao longo da sua audição.

  1. Selma Uamusse – Mati (Setembro)

Até há pouco tempo, a música de Selma Uamusse respeitava outros estilos, bem distintos dos sons oriundos do seu país natal. Quase como se no processo artistico, a formação de Selma em Portugal sobressaísse e, involuntariamente, ofuscasse as suas raízes musicais. Surge assim esta busca assumida pelo que a fez ser a pessoa e artista que é hoje. “Mati” é um manifesto pela harmonia procurada no mundo que nos rodeia. Em termos sonoros, é simplesmente uma colorida lufada de ar fresco em todos os sentidos, onde a cantora se abastece de sons e partilha a sua identidade, em palcos que a recebem de braços abertos.

  1. The Legendary Tigerman – Misfit (Janeiro)

“Misfit” é o primeiro álbum em que Paulo Furtado abandona o formato one man band e conta com a participação de Paulo Segadães na bateria e João Cabrita no saxofone barítono, elementos que se tornaram, primeiro, presença indispensável na digressão do anterior “True” e, finalmente, companheiros a tempo inteiro na arte e no ofício de Paulo Furtado.

“Misfit” é muito mais do que um disco de rock é ‘O disco de rock’ do ano e que estávamos a precisar e ninguém melhor do que o próprio The Legendary Tigerman para expandir cada grão de areia que o compõe. “Misfit” eleva The Legendary Tigerman a um patamar destacado no panorama musical nacional com a sua já normal irreverencia e agressividade em palco.   

  1. Dead Combo – Oden Hotel (Abril)

O duo formado por Tó Trips e Pedro Gonçalves faz questão de continuar a consolidar o seu universo singular e levar cada vez mais longe uma música que, alicerçada na mais profunda alma lusitana, não conhece limites de tempo nem de espaço nem de estilo. Em “Oden Hotel”, rodeia-se de um excepcional naipe de convidados que, sendo sempre fiel à personalidade vincada e única do projecto, participa activamente na sua constante procura de progressão. O resultado é uma intensa e musculada excursão instrumental, de uma imensa riqueza rítmica e tímbrica, que expande o imaginário profundamente original que distingue a música do duo lisboeta para níveis de excelência, só ao alcance dos eleitos e dos melhores.

  1. Joana Espadinha – O Material Tem Sempre Razão (Setembro)

Joana Espadinha primeiro levou-nos a dançar e depois fez-nos pensar. E bem. Em dois singles mostrou ao que vinha. É uma cantora, autora, executante. É música de corpo inteiro. Faz canções que nos agarram, activam a circulação de emoções e a vibração dos músculos, desde logo o coração, e tanto nos convidam a menear as ancas como nos abanam. Podíamos descrever o álbum de Joana Espadinha como um disco pop que mergulha no património da música portuguesa de artistas como Lena d’Água ou Gabriela Schaff como emerge inspirando-se diletantemente em artistas como Air, Stereolab, Aimee Man, Feist ou nas bandas sonoras francesas e na electrónica sensual dos anos 60. Um disco de canções fortes que exprimem uma voz forte e cristalina, inteligente e esclarecida, emancipada e sedutora.
“O material tem sempre razão” é uma viagem de exploração, descoberta  e afirmação, tanto em termos musicais como líricos. Benjamim roubou Joana Espadinha ao Jazz e conseguiu que a pop ocupasse um lugar cada mais difícil de alcançar (com qualidade).

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