Celebração de “Abril Em Lisboa” no Campo Pequeno

A convite da Câmara Municipal de Lisboa e no âmbito da abertura da programação “Abril em Lisboa“, Sérgio Godinho levará ao Campo Pequeno no próximo dia 23 de Março, um espectáculo inédito e de celebração da liberdade – em palco com o “escritor de canções”, Capicua, Manuela Azevedo, Samuel Úria, os instrumentistas Filipe Raposo e Tó Trips, e os “inevitáveis” Assessores dirigidos por Nuno Rafael.

É inegável colocar Sérgio Godinho no centro do quotidiano da vida portuguesa desde que nos finais de 1971 publicou o seu primeiro trabalho discográfico, o EP “Romance de um dia na estrada”, que antecedeu em poucos meses a edição do LP “Os Sobreviventes”, obra charneira da nova música portuguesa. A celebrar 50 anos de actividade criativa, onde se incluem mais de três dezenas de registos discográficos, entre gravações em estúdio, ao vivo e em colaboração, o “escritor de canções” é figura central no que de mais importante e interessante se produziu em termos líricos e musicais em Portugal.

 

Respondendo ao convite efectuado pela CML, para este espectáculo em que a “palavra” assumirá papel principal, para além de uma selecção de repertório representativo da sua obra, Sérgio Godinho (e respectivos “Assessores”) propõe-se complementar essa visita à banda sonora das nossas vidas, com a partilha do palco com alguns dos artistas e músicos que mais admira e respeita, e que, dalguma forma, têm na sua obra e postura o “lastro godineano”.

 

A saber, para este momento único, a lista de presenças inclui os já referidos “Assessores”, banda que o acompanha há cerca de duas décadas; Manuela Azevedo, cúmplice de Sérgio Godinho de muitas aventuras, a voz dos Clã e para os quais Sérgio compôs alguns dos seus maiores êxitos; Capicua, rapper de eleição, cuidadora da palavra, e que tem o fétiche de evocar a obra de Godinho nas suas criações e Samuel Úria, uma das novidades deste espectáculo, o mais respeitado cantautor da sua geração, que recentemente colaborou com Sérgio na composição de “O Novo Normal”.

 

Ainda, o interesse em chamar a palco dois instrumentistas que embora de origens completamente distintas, têm em comum o facto de serem também eles compositores: Filipe Raposo, exímio pianista, colaborador assíduo de Sérgio Godinho na última década e com quem teve a oportunidade de partilhar a autoria de “Noite e Dia”, a abertura de “Nação Valente”, ou ainda a banda sonora do filme “Refrigerantes e Canções Amor”, distinguida com o “Prémio Sophia”; e Tó Trips, uma das metades dos Dead Combo, para os quais escreveu “Ouvi o texto muito ao longe”, que antecipa a ideia de que “Lisboa Que Amanhece” se pode mesclar com as sonoridades da “Lisboa Mulata” criada pelo músico lisboeta.

 

photo: Paulo Homem de Melo / arquivo Glam Magazine

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