Ontem, dia 13 de novembro de 2023, às 21:00, em ponto, ou não estivéssemos na Casa da Música, a Sala Suggia foi palco de um espetáculo magnífico. Na 14.ª edição do Festival Misty Fest, tive o privilégio de ouvir, numa primeira parte, Francisco Sassetti, e de seguida, o já tão conhecido compositor, Wim Mertens.
A Sala Suggia estava quase cheia, com um tipo de público diversificado, entre os quais, o que denomino, sem ser pejorativo, ou reacionário de “elite portuense”; estudantes do mundo das artes; estudantes estrangeiros, entre outros.
Quando refiro, “elite portuense”, é no sentido de ainda existir uma série de famílias que vão passando de geração em geração, o gosto pela cultura, pela arte no sentido de um todo, desde a pintura, ao teatro, ao cinema, à música. Eu sei que é utópico, mas é assim que deveria ser.
Em relação ao concerto, começando pela prestação de Francisco Sassetti, que apresentou o seu primeiro trabalho como compositor, “HOME”, destaco os temas, “Home”, pela alegria da sonoridade, e “Inocência”, um tema mais triste, mais pesado.
No fundo, fiz o que o próprio aconselhou, fechei os olhos e deixei-me levar. A sua prestação, o seu primeiro concerto na Casa Da Música, foi magnífica.
Após 15 minutos de intervalo, sobe ao palco, Wim Mertens, um compositor já com um nome feito no panorama musical. Em palco, apresentou-se com um trompetista que o acompanhou em diversas composições.
Destaco toda a sua prestação, sobretudo as partes cantadas, que não consegui descortinar o idioma, talvez fosse essa a intenção. Praticamente todos os temas interpretados eram pesados, algo agressivos, os dedos martelavam as teclas do piano com fervor.
Não sou nenhuma especialista, apenas adoro música, desde clássica ao hip-hop.
Aproveito para explicar, que quando referi a pontualidade dos concertos na Casa Da Música, tratou-se de um elogio, se o espetáculo a que vamos assistir tem uma hora marcada, cabe ao público e ao artista cumprir o horário.
Este início de semana, com este concerto, não podia ter começado da melhor forma.
Quem ainda não teve oportunidade de conhecer a Sala Suggia, não perca a oportunidade de o fazer, pois é deslumbrante.
Até breve!
🖋 Ana Cristina
📸 Arlindo Homem (arquivo Glam Magazine)