Branko com Curadoria no Palco NOS Clubbing…

O Palco NOS Clubbing serve de sala para a curadoria de Branko no dia 13 de julho. O reputado músico português prepara um dia de programação baseado na sua visão global de música eletrónica. De Kinshasa a Durban, dos EUA a Itália, as coordenadas são múltiplas e Branko tem o mapa. O DJ norte-americano Sango é uma das confirmações para um dia que conta também com o coletivo de Kinshasa, Kokoko!, o sul-africano DJ Lag, o músico Populous e talentos nacionais como PEDRO, Progressivu, o coletivo do Porto XXIII (Torres e Noia) e ainda um espetáculo a estrear de Rastronaut com o artista plástico AKA Corleone.

A ligação de Branko com o festival NOS Alive já vem de longe. Desde os primórdios de Buraka Som Sistema e da label Enchufada, que o artista e o evento têm cimentada uma relação com vários momentos memoráveis, recuperando a última passagem pelo festival em que estreou o espetáculo ao vivo que tinha por base o seu disco de estreia “Atlas

No seu percurso recente, Branko tem continuado a levar a música global eletrónica a todo o lado. Do Porto (com a residência “Enchufada no Maus”) a Lisboa (“Na Surra”, outra residência a estrear no B.Leza), de Espanha a França, da Holanda à Alemanha (acompanhado por PEDRO) e, mais recentemente, Brasil.

Sango é um produtor de Seattle, mais conhecido pelos seus remixes de Aaliyah, Drake, Little Dragon, Nas, The Weeknd, e também por álbuns como “Da Rocinha” e “North”. Aos 12 anos, Sango começou a produzir música ao lado do seu irmão mais velho e dos seus amigos. O seu trabalho centra-se principalmente no hip-hop e nas batidas influenciadas pela soul que ao longo dos anos conseguiram unir-se para dar origem ao seu próprio som distintivo e inovador.

 

KOKOKO! é um coletivo de artistas e músicos formados em Ngwaka, República Democrática do Congo. Juntamente com a ajuda da produtora local La Belle Kinoise (Africa Express), o projeto junta um grupo de músicos locais de punk com o prolífico produtor francês de bass débruit. Depois de construir um estúdio juntando colchões, madeira e uma mesa de ping pong, os colaboradores começaram a explorar as ideias, os sons e as influências culturais uns dos outros. O que emerge é um estilo radical e urgente que combina instrumentos autoconstruídos e produção futurista que sugere psicadelismo, disco e pós-punk áspero.

Desde que surgiu pela primeira vez há vários anos, DJ Lag atuou em vários grandes eventos sul-africanos, incluindo o Boiler Room de Joanesburgo em 2015 e o Cape Town Electronic Music Festival, em 2016. Também partilhou uma plataforma com os pesos pesados da música eletrónica Skrillex e Euphonik no workshop de partilha de conhecimento Bridges For Music realizado em Kliptown, Soweto, em fevereiro de 2016. “Eu acredito que o gqom será muito maior do que a deep house“, DJ Lag diz sobre o género que ele está a liderar.

 

Populous é Andrea Mangia, um produtor de Lecce, uma pequena cidade no calcanhar de Itália, conhecida como a Jamaica de Itália, pela popularidade do reggae e dancehall. Em 2003, fez o seu primeiro passeio no mundo da música com o álbum Quipo (via Morr Music). Em 2005, lançou Queue For Love, influenciada pelo ambiente reggae / hip-hop do ambiente e em 2008 ele lançou “Drawn in Basic”. Ambos os álbuns foram amplamente recebidos por críticos internacionais, garantindo-lhe um lugar no mapa global da música. Populous tornou-se conhecido pela forma como combina perfeitamente sons digitais com o calor analógico da soul / hip-hop / qualquer outra coisa que o esteja a influir na altura.

 

PEDRO é o produtor e DJ de Lisboa anteriormente conhecido por KKing Kong. Nascido e criado na Damaia, o contágio das batidas que se ouvem no seu bairro foi inevitável e contribuiu muito para a banda sonora da adolescência do produtor da Linha de Sintra, cuja influência celebra desde as primeiras batidas saídas do seu quarto em 2013, até aos lançamentos recentes onde afirma uma sonoridade única e inconfundível que o coloca na linha da frente da revolução eletrónica lisboeta. Fortes batidas sincopadas e algumas das linhas melódicas mais hipnóticas e contagiantes a sair dos subúrbios de Lisboa formam sua visão altamente pessoal da música de dança eletrónica, que já resultou em hinos de pista globais como os recentes ‘Damaia’ ou ’Drenas’.

 

Mário Costa apresentou-se ao público como Progressivu em fevereiro de 2016 nas Hard Ass Sessions, as festas da Enchufada no Lux Frágil. Presença assídua nestas festas e seguidor da cena afro, começou por destacar-se no dancefloor até dar o salto para a cabine de DJ. Em 2017 começou as festas “De Surra“, com PEDRO, e lançou os seus primeiros trabalhos na produção.

 

Entre o afro-beat, o dancehall e o baile funk há uma base comum, a sua essência está na expressão de um povo. Tiago Torres adopta o seu último nome para explorar essa essência e os porquês dessas sonoridades, transparecendo de uma forma clara essa relação com batidas mais mexidas. O seu nome vai-se espalhando por várias partes RINSE FM, Paris, Bruxelas, Gent, Konbini (França), TARMAC (RTBF) ou SaturdaySelects (Kuala Lumpur). Em 2015, criou a XXIII com a NOIA, um coletivo dedicado ao future beats e sonoridades underground. O trabalho de ambos na promoção de uma cena musical totalmente nova tem sido bastante relevante, seja convidando djs e produtores de referência internacional, seja na forma como promovem os seus eventos. De salientar nomes como Jarreau Vandal, Amy Becker, DJ Complexion, Singularis ou FS Green.

 

Durante a sua residência em Barcelona, Francisca Cunha junta o seu ecletismo ao seu feminismo mais sério e cria NOIA. A XXIII (da qual é cofundadora) é o primeiro momento em que se afirma de forma mais assertiva na cena musical e que, durante 2 anos, lhe dá estofo para em 2017 se tornar uma DJ focada na UK Bass scene e nos beats africanos e com vontade de explorar novos sons e novos artistas e dá-los a conhecer a públicos mais vastos.

 

Rastronaut é um DJ e produtor de Lisboa com um gosto especial pelo lado mais grave da global club music. Juntando o seu amor pelos sons do underground britânico com os ritmos de aroma tropical de todo o mundo, os seus sets são construídos para inspirar transpiração, como o provam passagens pelo Boiler Room, assim como palcos de festivais nacionais e internacionais como o NOS Alive, Vodafone Paredes de Coura ou o francês Nuits Sonores, e as explosivas residências da Enchufada no Lux Frágil de Lisboa e Maus Hábitos do Porto.

 

Akacorleone é Pedro Campiche, um artista visual de descendência portuguesa e suiça que começou como um graffiti writer no submundo da sua Lisboa nativa. Um desenhador compulsivo, obcecado com todas as coisas gráficas e visuais desde uma idade precoce, estudou artes e formou-se em Design e Comunicação Visual em 2007. Depois de trabalhar como designer gráfico em estúdios durante alguns anos, ficou totalmente dececionado com a área e decidiu trabalhar como ilustrador freelance como complemento do desenvolvimento de sua carreira artística.

Partilha