Baile dos Candeeiros marcou a Reabertura do Castelo de Ourém

Todos nós temos um universo mágico que carregamos da nossa infância. Candeeiros humanos, autónomos, espalhados por pontos estratégicos, transformam os espaços que habitam, e deslocam-se através deles com movimentos específicos: acendem, apagam, respiram, interagem… Na época da ditadura, em Portugal, organizar convívios e encontros era um acto suspeito e perigoso. Tudo devia ser feito de uma forma subtil e camuflada.

Originalmente criado na Foz do Douro, no Porto, o Baile dos Cinco Candeeiros original seguia esta dinâmica. Os homens que iam para a tropa ou para a guerra colonial, pretendiam apenas despedir-se das suas famílias e amigos, e para isso, organizavam este encontro.

Era criado um ambiente intimista, com uma luz ténue e ao som de música de baile celebravam uma despedida e alimentavam esperanças de um regresso futuro. Mas este nem sempre acontecia…

Este baile era o local de encontro, de amores, de danças e de aventuras… e foi este baile, pela companhia RADAR 360º, que, ao lusco fusco da passada terça feira, 27 de Julho, marcou a Reabertura do Castelo de Ourém.

 

Fotografias / Reportagem: Arlindo Homem

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