Aurora Negra de Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema no palco do CCVF

No próximo dia 18 de dezembro, sexta-feira, às 19h30, o palco do Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, dá a conhecer o espetáculo de Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema.

Em Aurora Negra, o canto começa na voz de uma mulher que fala. Fala crioulo. Fala tchokwe. Fala português. Em cena três corpos, três mulheres na condição de estrangeiras onde são faladas essas três línguas. Em cada mulher uma essência, personalidade e trajetória que se cruzam com a certeza de que nada voltará a ser igual. Nesta Aurora Negra, as criadoras e intérpretes buscam as raízes mais profundas e originais dessas culturas, celebrando o seu legado e projetando um caminho onde se afirmam como protagonistas das suas histórias.

 

Este espetáculo venceu a 2ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, criada pelo Teatro Nacional D. Maria II, o Centro Cultural Vila Flor, O Espaço do Tempo e o Teatro Viriato para apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes, com o intuito de promover a renovação da criação teatral portuguesa.

 

“Queremos contar histórias que sabemos que outras pessoas passaram pela mesma trajetória. Quando virem este espetáculo, vão sentir-se convidados a estar connosco. Há essa vontade de representação que nos faltou”, afirmou Cleo Tavares dirigindo-se a todos os (futuros) espectadores. Num ano em que as pessoas saíram à rua em nome da igualdade de direitos em todo o mundo, com o movimento Black Lives Matter, Aurora Negra afirma-se como um statement. “Esta reflexão tem de ser feita, não só por nós, que o fazemos há muito, mas também pelos outros.”, ressalva Isabél Zuaa.

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