A Orquestra Fina apresenta no Plano B “Valsa Torta”

A Orquestra Fina aparece como um penso rápido, ou, melhor ainda, como uma tatuagem que tapa e resolve uma minha vontade e necessidade iminente de usar a voz, o instrumento primordial, juntamente com a nossa língua mãe e assim dar forma, esqueleto e cabelo às minhas canções de agora, e não tão de agora.

Tal qual a própria palavra, que num caso pode significar a descrição da volumetria da cintura de uma bailarina e noutro simplesmente adjectivar aquele ou aquela que levanta o dedo enquanto segura a xícara do chá. Se dita com uma certa ironia pode até significar exactamente o contrário, e, com outro acento e entoação, também serve para descrever o vigarista de esquina ou o chico-esperto do lado.
A orquestra fina é isto tudo. Muitos mundos num só. É este jogo dos vários significados da mesma palavra ou do mesmo grupo de três notas musicais.
É, no meu pensamento e desejo, uma celebração e contributo para essa bebida tão espirituosa, humanista e reconfortante que já tantos músicos e poetas tão bem destilaram

Plano B (Porto)
17 de Novembro 2017 | 22.30h