“Partimos do universo de Martin Crimp e acolhemo-lo como se fosse nosso porque acreditamos que as possibilidades num cenário não linear alimentam a ideia de uma identidade coerente e fixa como mito.
O que trabalhamos em cena é sobretudo a nossa tentativa de compreender as múltiplas Annies, desdobráveis em objetos, memórias e lugares percorridos. Caímos sempre na tentação de lançar mais uma pedra e falhámos muitas vezes: ainda hoje nos perguntamos se poderíamos ter escolhido “outra vida” e deixá-la caminhar por entre outros pontos finais. É por gostarmos de Anny que andamos a brincar às escondidas com o Crimp, tentamos chegar a ela e partilhamos as nossas memórias caseiras, cruzamos as nossas saudades, ao ponto de já não sabermos se é dela que falamos ou, afinal, de nós próprios.”
criação colectiva: Carolina Puntel, Isabel Milhanas Machado, Joana Ricardo, Rodolfo Freitas e Rosária Rocha
som: Conan Osiris e Luís Furtado
figurino: Alexandre Pereira e M HKA
apoios: EKA Palace e Jazzy Dance Studio
apoio técnico: Ricardo Silva
agradecimento: Diogo Bento
Rua das Gaivotas 6 (Lisboa)
11 a 13 de Janeiro 2018 | 21.30h