Vladislav Delay estreia nova formação esta semana em Lisboa e Braga

Músico e produtor nascido na Finlândia, Sasu Ripatti estreou-se em 1999 com o EP “The King of Blue” na sua própria editora, a Humme Recordings.

Na viragem do milénio, editou um conjunto de álbuns, sob diferentes pseudónimos, sendo o mais frequente Vlasdislav Delay, que o catapultaram para o culto. Luomo e Uusitalo, outros dois dos seus pseudónimos, não será nome estranho para os seguidores da música eletrónica dançável.

 

Com AGF, sua companheira, que conhecemos em 2018 com a instalação audiovisual Language Hack na galeria INL do gnration, viria a editar dois discos, “Explode” (2005) e “Symptons” (2009). Enquanto baterista e percussionista, figurou no trio de Moritz von Oswald, junto com Max Loderbauer, de 2009 a 2015, dando depois lugar ao nigeriano Tony Allen. A meio da sua passagem pelo trio, com quem editou dois álbuns e um disco ao vivo, formaria o seu próprio quarteto com quem lançou um único disco, homónimo, editado em 2011 na Honest Jon’s.

 

Em Vladislav Delay Quartet juntaria a eletrónica do saudoso músico Mika Vainio, metade de Pan Sonic, o saxofone e clarinete do argentino Lucio Capece e o contrabaixo do canadiano Derek Shirley. Agora, regressa ao ensemble com parte dessa formação e com novos elementos. A Ripatti, na percussão e eletrónica, Capece, no saxofone, Shirley, no contrabaixo, juntam-se a Max Loderbauer, com quem tocou em Moritz von Oswald Trio, no sintetizador Buchla, e a Maria Bertel, no trombone, para formar Vladislav Delay Quintet.

Em coprodução com o TBA – Teatro do Bairro Alto, os cincos músicos desenvolveram nova música em contexto de residência artística, material essa que apresentam agora na estreia de Vladislav Delay Quintet.

A proposta distancia-se da abordagem industrial do quarteto, procurando uma sonoridade mais melódica, onde combinam as faces melódicas do jazz com bases eletrónicas abstratas, ainda que com alguma forma de groove.

Vladislav Delay Quintet apresentam-se em estreia mundial esta quinta-feira, 20 de fevereiro no TBA – Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, e no dia seguinte no gnration, em Braga

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