Vai ser assim a última semana do 29º FIMP no Teatro Municipal do Porto

A última semana da 29ª edição do FIMP — Festival Internacional de Marionetas do Porto, no Teatro Municipal do Porto conta com três estreias absolutas e ainda com a celebração dos 30 anos do Teatro de Marionetas do Porto.

 

Nos dias 19 e 20 de outubro, Costanza Givone apresenta, em estreia, o espetáculo “Fogo Lento”, no Teatro Campo Alegre.

O espetáculo é o projeto vencedor da 3ª Bolsa de Criação Isabel Alves Costa, uma iniciativa conjunta do FIMP, das Comédias do Minho e do Teatro Municipal do Porto. A Bolsa de Criação surge como vontade de abertura a novas propostas, sendo privilegiados projetos de pequeno/médio formato e grande portabilidade, em que a liberdade de criação e inovação, o cruzamento de linguagens e o pensamento estruturado sejam claros eixos de trabalho e exercício artístico.

Este espetáculo surgiu, então, da vontade de Costanza — cofundadora da companhia Zaches Teatro — investigar as camadas de história dos hábitos culinários quotidianos.

Neste espetáculo, os ingredientes são um jantar a ser preparado, uma mulher italiana, um homem português, uma mesa e conceitos como identidade ou tradição que precisam de ser descascados e cozinhados em lume brando para se apurar o seu sentido.

 

Integrado na programação especial dos 30 anos de atividade, o Teatro de Marionetas do Porto apresenta, em estreia, “Quem sou eu?”, também no Teatro Campo Alegre, na sexta-feira, dia 19, às 21h00. Este é um projeto de criação com a comunidade, desenvolvido numa lógica de sensibilização artística com direção de Isabel Barros.

Nesta jornada em busca das múltiplas formas de beleza no interior de cada um, o autorretrato, a memória e a passagem do tempo nos seus ciclos, por vezes impercetíveis, são alguns dos pontos de partida para esta criação que envolve um grupo de participantes da zona oriental da cidade do Porto.

 

Já no Rivoli, a Limite Zero apresenta, também em estreia, “Pequeno Cabaret ao amanhecer”, um espetáculo de formas animadas para adultos, ainda no dia 19 de outubro, às 23h00.

Um exercício de jogo entre o real e o irreal, do concreto e do abstrato, do dizível e do indizível, onde a animação das personagens se funde com a animação de objetos e com o ator.

 

Sábado, 20 de outubro, é o último dia do FIMP no Teatro Municipal do Porto. Carlos Guedes, Kirk Woolford, Kiori Kawai, Cristina Ioan apresentam “Jiin”, no Grande Auditório do Rivoli, às 19h00.

Seres invisíveis” é talvez a tradução mais correta do Árabe para Jinn. São velhas deidades pré-islâmicas, uma espécie de espíritos protetores compostos por uma “matéria subtil”, um corpo sem forma determinada, animado pelos ventos escaldantes do deserto.

Com este trabalho, Carlos Guedes e restante equipa fazem mais uma incursão na pesquisa sobre musicalidade do corpo em movimento, a interatividade entre softwares de produção sonora e imagética e a manipulação dos elementos em tempo real. A areia é a matéria prima deste objeto visual, sonoro e coreográfico, ao mesmo tempo o elemento que liga (e liberta) as partículas deste corpo-deserto.

 

 

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