Tour presente de Fernando Daniel fez tremer Coliseu

Em noite de chuva chata, eram 21:45, do dia 16 de fevereiro de 2022, quando Fernando Daniel pisou o palco do Coliseu do Porto, ao fim de tantos concertos adiados. O Coliseu do Porto regressou aos tempos áureos, a plateia, como antes da pandemia, encontrava-se sem cadeiras, e os lugares sentados deram lugar aos lugares em pé. A sala estava repleta, já não me lembrava de ver tantos seguranças, bombeiros, e gradeamento de separação.

 

Um público muito jovem, crianças inclusive, e muitos pais, que aproveitaram a oportunidade de acompanharem os filhos, para também se divertirem e trautearem as músicas que, também eles, tão bem conhecem e gostam. Todo o concerto foi especial, não havia uma música que não fosse acompanhada, a plenos pulmões, que nem a própria máscara conseguia abafar, pelo público delirante.

Fernando Daniel, sempre muito comunicativo, não se cansava de agradecer a disponibilidade das pessoas por ali estarem, sobretudo a uma quarta-feira. Comoveu-se com o público, por este cantar as suas músicas a plenos pulmões.

 

Destaco todo o concerto, pela voz única que ele tem, pelo postura em palco, pela postura que teve com o público. Os temas interpretados são os que todos conhecemos, passo a citar a título de exemplo, “Raro”; “Tal Como Sou”; “Voltas”; “Tu”, entre outros.

Um dos destaques especiais vai para os temas “Até Voltares”, com Jimmy P; “Nada A Perder”, com Carlão; “Fim”, com Carolina Deslandes ; “Sem TI”, com Agir e “Encontrar”, com Piruka, foi o delírio total, o chão do Coliseu tremia, foi arrepiante.

Destaco, também, o encore, em que interpretou o tema “Melodia da Saudade”, sentado ao piano, e comoveu-se, chorou e fez chorar, estava verdadeiramente comovido, pela perda dos avós, e pela empatia do público, que foi brilhante. Despediu- se de nós com “Espera”.

 

E há dias assim, em que a melhor parte do dia é ao final da noite!

Todos saíram do Coliseu com um brilho especial, uns satisfeitos por verem a felicidade dos filhos, outros por constatarem que afinal há sonhos que se realizam, ou então porque assistiram a um concerto como há muito não era possível.

Eu, sai do Coliseu, feliz, já tinha saudades de ver o Coliseu esgotadíssimo, de sentir a vibração do chão a tremer a pedir mais, até com a cadeira podemos sentir a trepidação, foi estranho, mas soube bem. Foi muito, muito bom.

 

Reportagem: Ana Cristina

 

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