Esta segunda tertúlia, do Mestre João Gil, teve lugar, ontem, dia 23 de setembro de 2021, e seguiu praticamente o alinhamento da primeira mas, com algumas diferenças, como é óbvio. Na primeira parte desta tertúlia somos presenteados com a presença, a solo, deste grande compositor, que como ninguém, dá uma roupagem muito própria aos diferentes temas interpretados.
Volto a destacar o tema interpretado com a Ana Mesquita, a autora dos cenários desta fabulosa Caixa de Luz, que, para mim, é simplesmente fantástico.
Esta Caixa de Luz, somos todos nós, é um cenário que tanto representa um médico, um enfermeiro, um canalizador, um estudante, como um eletricista, é um conjunto de pessoas distintas, porque todos somos diferentes e essenciais.
Chegámos à segunda parte desta tertúlia, e entra em palco um homem do Norte, um homem que possui “um timbre raro, um homem do povo, boa gente”, definição dada por João Gil, e entra Tiago Nacarato. Tiago agradece as palavras do Mestre e os aplausos do público.
Esta segunda parte é constituída por três temas, “Ao Sul”, “Perdidamente” e “Fim do Mundo”, interpretados em conjunto, de forma soberba e sempre com a participação entusiasmada do público. Segue-se o momento do convidado interpretar o seu tema “O Tempo”, que segundo o mesmo “teve a honra de o gravar com Salvador Sobral “. Tiago Nacarato refere que no tempo da sua adolescência ouvia a Ala dos Namorados, e que a sua vida até aqui é muito Norte, esta zona da Boavista onde sempre viveu. João Gil volta a fazer referência ao tal Porto que deu e continua a dar esta “casta” de excelentes músicos e compositores
João Gil interpela Miguel Sanches, que é um amigo e se encontra na plateia, sobre um tema que defina esta magnífica Cidade, optam por escolher “Porto Sentido“, tema magistralmente interpretado por Rui Veloso ao longo destes anos, a plateia delira e acompanha entusiasticamente, momento magnífico. Chama o filho ao palco, Rafael Gil, para o acompanhar com a guitarra elétrica.
O fim da tertúlia adivinha-se e chama ao palco os seus convidados, inclusive um amigo que vislumbra na plateia, Budda Guedes, e interpretam de forma única, sempre com o público a cantar, ou a bater palmas, “Loucos de Lisboa”.
Chama ao palco todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram para a realização desta tertúlia e despede-se cantando à capela, com todos os presentes, o tema “Saudade“.
E foi assim que decorreu esta segunda tertúlia, um grande momento de convívio e de música. Venham as próximas, que nós, público, estamos ávidos de espetáculos ao vivo, estamos esfomeados de cultura.
Parabéns, João Gil e restante equipa, estas noites na Invicta têm sido mais ricas!
Reportagem: Ana Cristina
Fotografia: Sergio Magalhães