Foi um dos espetáculos mais adiados pela pandemia no TBA. Com texto, encenação e interpretação de Teresa Coutinho, Solo é a sua nova criação que finalmente estreia finalmente em Lisboa de 27 a 29 de janeiro, antes de partir para o Teatro Municipal do Porto, onde é apresentado de 4 a 9 fevereiro. Misturando pesquisa e aspectos autobiográficos, o espetáculo procura questionar de que forma o cinema e o teatro contribuíram para moldar a construção de uma ideia de mulher. Este espetáculo tem uma sessão com audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa.
O espectador senta-se na sala de espetáculo. O espectador senta-se na sala de cinema. O espectador quer que lhe seja desvendada uma fábula, atingir a tão célebre “catarse”. Se fores uma miúda sentada no escuro da sala de cinema ou da sala de um teatro, anos a fio, que ideia de feminino te devolveu esse espelho? Que imaginário se construiu até à tua idade adulta? O que te foi, afinal, sendo dito, todo este tempo?
Cruzando os territórios da pesquisa e da autobiografia, Teresa Coutinho tenta aferir de que forma o teatro e o cinema contribuíram para a construção de uma ideia de Mulher que a moldou ou que quis repudiar: tanto no que diz respeito à sua imagem como a uma ideia mais generalista de beleza, de força e de vulnerabilidade. O que é que, a reboque destas influências, se viu obrigada a reservar ou expor.