TeCA entra no novo ano com a estreia de As Três Irmãs

Corria o ano de 1900, quando o dramaturgo russo Anton Tchékhov apresentou a obra As Três Irmãs. Mais de cem anos depois, a peça que continua a desafiar encenadores e atores apresenta-se agora pelas mãos de Carlos Pimenta, responsável pela direção e conceção do espetáculo. Desta feita, a proposta passa pela exploração singular dos sons recorrentes de Tchékhov, através dos quais é possível descrever uma dramaturgia sonora que convoca o imaginário do público. As Três Irmãs estreia-se no palco do Teatro Carlos Alberto (TeCA) já no próximo dia 7 de janeiro, assinalando o arranque de 2021. O espetáculo pode ser visto até 16 de janeiro.

 

A obra de Tchékhov propõe uma viagem a uma pequena cidade russa onde três irmãs – Olga, Macha e Irina – sonham em regressar aos seus tempos de juventude (agora perdida), com uma viagem a Moscovo. Partindo dos sons de festa, de tiros, do bosque ou das carruagens que chegam ou partem, a abordagem de Carlos Pimenta acolhe em palco um estúdio de gravações onde um conjunto de atores gravam As Três Irmãs.

Este “teatro radiofónico”, que propõe um confronto entre a sonoplastia e as palavras de Tchékhov, convoca a participação do espetador para o desenho das situações e ambientes num universo imaginário.

A peça, que se faz dos laços entre o teatro, o tempo e o acontecimento, resulta de uma coprodução Ensemble – Sociedade de Atores e Teatro Nacional São João (TNSJ). Partindo da tradução de António Pescada, o espetáculo conta com sonoplastia e desenho de som de Francisco Leal e música de Ricardo Pinto.

 

Photo: João Tuna

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