Teatro Viriato assinala Dia Mundial da Dança com programação especial

Com vista a assinalar o Dia Mundial da Dança, que se assinala no dia 29 de abril, o Teatro Viriato preparou uma programação especial, que inclui o lançamento do novo livro da editora Pato Lógico e a apresentação de um espetáculo da bailarina e coreógrafa Leonor Keil e Cão Danado.

 

No dia 29 de abril, a editora Pato Lógico lança em Viseu o terceiro título da coleção Atividário que se intitula “Dança”. Trata-se de um livro lúdico que nos fala de uma arte tão antiga como a humanidade. Um atividário (atividades + abecedário) é um livro temático organizado por ordem alfabética, que propõe atividades práticas para fazer na escola ou em casa. De A a Z, cada tema é explorado através de referências artísticas, históricas, científicas ou filosóficas. Cada atividário pode ser uma ferramenta de aprendizagem, mas deve ser, sobretudo, um objeto lúdico, aproximando pais e filhos, avós e netos, alunos e professores, através da experiência da leitura e da concretização das atividades propostas.

 

No mesmo dia, 29 de abril, a sala de espetáculos do Teatro Viriato acolhe a apresentação de “Histórias de Além Terra”, de Leonor Keil, que assinalou os trinta anos de vida artística da bailarina e coreógrafa recentemente, e da companhia Cão Danado.

 

Histórias de Além Terra” é um espetáculo assente em três capítulos: suspensão, em queda e no solo, que questiona, de maneira lúdica, a relação entre os humanos e o cosmos. A bailarina apresenta narrativas com fortes componentes iconográficas, coreográficas e poéticas (no sentido lato), em que se projetam preocupações e interrogações, nascidas aqui na terra, no ecrã espaço sideral, e em que também se fazem baixar mistérios do cosmos que interpelam os humanos ao nível da perceção terrena. Trata-se principalmente de problematizar, de maneira lúdica, mas informada, os modos de relação entre os humanos e o imenso desconhecido que os rodeia, ora colocando a tónica na visão mitológica, ora convocando o olhar científico.

 

Ter o universo como palco foi um desafio que desde logo me atraiu. Quando o desafio se cumpre, vem o verdadeiro voo e a perspetiva muda… O pensamento torna-se mais abstrato, quase fora do meu alcance. É uma imensidão de espaço a preencher, mas é inevitável desejar mergulhar. O texto original, da autoria da Regina, serve-me de fio condutor. Eu e a equipa que reuni olhamos para o projeto como sendo um trabalho em desenvolvimento, um percurso de experimentação, de descoberta e de risco. O projeto envolve ferramentas novas e desconhecidas, uma vastidão de tarefas ainda por aprender. Mas é grande a nossa vontade de projetar para uma cúpula e poder dançar de pernas para o ar, como o Fred Astaire ou um asteróide à deriva. Tal como o palco, o universo é um abismo”, refere Leonor Keil.

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