Teatro São João é palco do “amor para sempre” de Romeu e Julieta

Já todos conhecemos o trágico desfecho da história de Romeu e Julieta, de um amor que se quis infinito, mas onde a morte entrou como uma sombra maligna.

Mas saberemos contar desde o início uma narrativa mil vezes contada?

 

É esta a premissa de Porque é Infinito, que se estreia no Teatro São João a 1 de dezembro, às 19h00. Com direção artística de Victor Hugo Pontes, e com a adolescência em pano de fundo, a peça parte de uma releitura do texto de Shakespeare assinada por Joana Craveiro para interrogar o amor e os seus limites. O espetáculo fica em cena no São João até 4 de dezembro, com récitas marcadas para as 19h00.

 

Com base numa pesquisa documental, afetiva e poética, que visa transportar este clássico até aos dias de hoje – um tempo de excessos adolescentes e de madrugadas longas –, Porque é Infinito entra nos quartos dos que vivem pela primeira vez o turbilhão de um “amor para sempre”. A peça ganha vida na singular linguagem coreográfica de Victor Hugo Pontes, onde o movimento dos corpos se mistura com a palavra, revelando-se também uma reflexão sobre a linguagem que usamos para definir um verbo – amar – que tomou muitas formas, ao longo dos tempos, e sobre o qual sabemos ainda tão pouco.

 

A récita do dia 3 de dezembro terá tradução em Língua Gestual Portuguesa e, no final, conta com uma sessão das Conversas com o Mestre. No momento, guiado pelo dramaturgo e encenador Luís Mestre, a plateia será convidada a refletir, interpretar e dialogar sobre as diversas temáticas que permeiam Porque é Infinito

 

Photo: João Tuna

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