Super Bock em Stock 2018… O hip hop toma conta dos 3 espaços do Capitólio

Vem aí mais uma edição do Super Bock em Stock, um Festival marcado pela rara diversidade musical. Nos dias 23 e 24 de novembro, na Avenida da Liberdade em Lisboa, haverá espaço para o rock, para o folk, para alguma eletrónica e também para o hip hop, claro…

E como, no que diz respeito ao hip hop as propostas são tantas e tão boas, esse espaço tem mesmo um nome – chama-se Bloco MOCHE, estará sediado no Capitólio e divide-se por três espaços: Cineteatro, Bastidores e Terraço.

No Bloco MOCHE Lá Dentro (no Cineteatro Capitólio), além dos já anunciados Masego e Rejjie Snow, há mais quatro nomes a não perder: NGA, Lazy, Lolo Zouaï e Russa.

NGA é um dos nomes com mais história no hip hop nacional. Depois do sucesso do grupo Força Suprema, aventura-se agora na sua carreira a solo. Em 2012 lançou o seu primeiro álbum, “Filho Das Ruas“, e em 2014 chegou o segundo, “King“. Depois destes registos a solo, seguiram-se os prémios, um público cada vez maior e também a atenção da crítica.

Com a Curadoria Ciência Rítmica Avançada, que é já um hábito esperado no Festival que em novembro toma conta da Avenida, e que desde há 2 anos conta com rubrica diária na Rádio SBSR, o Cineteatro Capitólio recebe RUSSA, uma rapper nascida no Ribatejo. Aos 18 anos mudou-se para Lisboa e aí, sim, ficou mais exposta à arte urbana. Desde que atingiu a maioridade mudou de casa mais de dez vezes e morou em cinco países diferentes, entre eles a Rússia, o que veio a influenciar a sua sensibilidade musical. Depois de alguns projetos amadores, RUSSA lançou em o seu primeiro álbum, em março de 2018.

Também pelo Cineteatro Capitólio, vão passar Lolo Zouaï que com um estilo influenciado pelo r&b e hip hop da década de 90, editou com 23 anos o seu primeiro single, “High Highs to Low Lows”, e o álbum “Blue” em janeiro de 2018; e Lazy, o “rapper preguiçoso”. Com uma sonoridade bem fresca, há três singles para fixar: “Ecos”, “Dom da Palavra” e “Mais Tarde ou Mais Cedo”, temas que levaram Lazy a ser ouvido um pouco por todo o país.

O Bloco MOCHE Lá Fora (no Capitólio Bastidores) é outro dos espaços Bloco MOCHE no Super Bock em Stock. Com a curadoria Ciência Rítmica Avançada, recebe o talento de Pedro Mafama e SP Deville.

Pedro Mafama cresceu entre os Anjos e a Graça. Em 2017 começou a fazer música regularmente, e em maio de 2018 lançou o EP “Tanto Sal”, onde junta todas as suas experiências e influências sonoras. Neste EP há fados regados a auto-tune, com guitarras portuguesas a tocar melodias arabescas.

SP Deville é um dos artistas e produtores mais ecléticos da nova geração da música portuguesa. Com um vasto repertório de originais, tornou-se num nome de referência para a cultura urbana nacional. No palco também surpreende, com concertos difíceis de esquecer, onde viaja pela sua discografia a solo, desde os EPs “Its Deville Bitches”, passando pelo aclamado “Sou Quem Sou”, e até àquele que é o seu mais recente trabalho: “Black Gipsy”.

Por último, há ainda o Bloco MOCHE Lá em Cima (no Capitólio Terraço), outro espaço com a curadoria Ciência Rítmica Avançada no Super Bock em Stock. Por lá vão passar Maria Vs. Sensei D e DarkSunn.

Uma das propostas para o Bloco MOCHE Lá em Cima, é uma espécie de “confronto” entre Maria e Sensei D., um momento em que também haverá muita cumplicidade. Maria já conta com dois EPs, “Isto Nem é ma Beat Tape” e “Cor e Forma”, contando também com algumas aparições na imprensa e rádios nacionais. Com a ajuda de sintetizadores analógicos e digitais, Maria dá uso a uma memória cheia de melodias acabadas de sair de uma coleção de discos de soul e r&b. E a verdade é que o seu companheiro de palco, Sensei D, é também viciado em música desde criança. Começou como DJ e rapidamente se apaixonou pelo diggin, beat-making e pela produção. Até ao momento lançou um disco, “Vivificat”, 3 EPs e várias mixtapes, assumindo-se cada vez mais como um dos principais nomes do hip hop nacional.

Bruno Dias, mais conhecido por DarkSunn, é um dos produtores mais experientes do nosso país, capaz dos instrumentais mais brilhantes, cheios de soul, funk e jazz. Com mais de 15 anos de produção, DarkSunn não é alguém com um aspeto soturno à primeira audição. Até parece bem animador. Mas depois é normal que se sinta outra camada – e esta “         ”. Segundo o próprio músico: “DarkSunn apresenta-se subtilmente e calmamente vai atrás de ti, tal como um lobo experiente.”

 

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