“Shichishito” é o novo álbum do artista português funcionário

funcionário é o projecto a solo de Pedro Tavares (PT) focado primeiramente na expressão da vida quotidiana e de todas as suas facetas, não como uma narrativa contínua mas sim como um aglomerado de sensações – o poder do som como a ponte entre a memória e a imaginação que a interpreta.

Como colagens de música, o destaque vai para a profunda endoestesia que pesa ao ouvinte atento: não é o cansaço da labuta, a saudade do que se perde: é a essência que leva a todas as outras sensações. funcionário é a exploração deste âmago profundamente íntimo na sociedade contemporânea de relógios e horários, de turnos e folgas.

 

Shichishito” (edição TRV002) tem lançamento previsto para dia 7 de Outubro de 2020 em formato digital / Digipack

“Shichishito, uma espada com sete ramos. O cerimonial artefacto dá nome ao novo longa duração de funcionário, que nos apresenta neste disco um roteiro introspectivo sobre os diversos caminhos que nos constituem. Os claros quadros sonoros remetem-nos para uma folha em branco, sendo levemente preenchida por uma pincelada melódica precisa. Ao fim dos seus 36 minutos de duração encontramos uma imagem completa, nítida e suave, que após as suas várias faixas/rumos nos mostra uma experiência singular, tal como a espada invocada pelo seu título.

 

O disco destaca-se do anterior “Gaiden” ou do seu antecessor “Aegis Um” pelos seus apontamentos vigorosos e pelas paisagens mais fluídas e orgânicas, um som familiar mas menos linear para a nossa percepção. Apesar desta caracterização distinta no universo de cada álbum, existe uma forte ligação entre eles, uma relação quase que simbiótica entre a espada “Shichishito”, o escudo “Aegis Um” e a side story “Gaiden”. Seja na serialidade etérea de “Coastal Waters” ou nos vários Ramos desta espada, encontraremos sempre o traçado contínuo do grande arco desta história, um registo ambiental sereno e ponderativo onde as fronteiras da instrumentalização e do “sampling”  se diluem. Todos os percursos culminam no objecto singular que é o som.” Luan Bellussi

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