O Palco Somersby do Super Bock Super Rock acaba de ‘encerrar’ o line up para a edição de 2019 com as confirmações de SebastiAn, Roméo Elvis e BaianaSystem (na foto).
Sebastian Akchoté cresceu rodeado de música. O irmão, Noël Akchoté, famoso músico de jazz, impulsionou esse seu interesse, mostrando-lhe muita música diferente desde muito cedo. Sebastian inspirou-se nesses bons exemplos e começou a arriscar desenvolver a sua própria arte quando tinha apenas 14 anos de idade. Depois de alguns EPs que despertaram a atenção do público e da imprensa especializada (“HAL”, “Smocking Kills”, “Ross Ross Ross”, “Motor”), SebastiAn dedicou-se às inúmeras e brilhantes remisturas de artistas como Daft Punk, Kelis, Charlotte Gainsbourg, Beastie Boys ou The Kills, entre outros (SebastiAn Remixes), e ainda à produção de bandas-sonoras, como a do filme “Steak”, em conjunto com Sébastien Tellier e M.Oizo, no qual também participa enquanto ator, tendo ainda produzido temas de nomes como Frank Ocean e Woodkid.
O primeiro disco, “TOTAL”, chegou em 2010 e conquistou todos aqueles que estão interessados no melhor da nova música eletrónica. As comparações com Justice são inevitáveis e, tal como a dupla francesa, SebastiAn também pertence à Ed Banger Records, a mítica editora de Pedro Winter. As colaborações com Charlotte Gainsbourg e Frank Ocean provam que SebastiAn é um dos produtores mais talentosos da atualidade.
Roméo Elvis está interessado em música desde a sua infância. Com uma família de artistas (a mãe é cantora, o pai é humorista e a irmã é cantora e pianista), a arte apareceu na sua vida como o caminho mais natural. Apesar dessa predisposição genética, Roméo fez outras coisas antes de se dedicar totalmente à música: estudou pintura, fotojornalismo e até trabalhou numa cadeia de supermercados, experiências que enriquecem o trabalho que faz nos dias de hoje. Os seus primeiros mostravam que Roméo era mesmo feito para hip-hop, e seguir esse caminho era uma inevitabilidade. Registos como “Bruxelles c’est devenu la jungle”, “Famille nombreuse” e “Morale” confirmaram este músico belga como um dos principais talentos da sua geração. A colaboração com o produtor Le Motel contribuiu para o crescimento artístico de Roméo, algo que fica bem evidente no primeiro disco a solo. “Morale 2”, o registo de estreia editado em 2017, mostra um artista capaz de explorar as sombras da existência ao mesmo tempo que consegue ser crítico e mordaz como poucos.
O segundo disco, “Chocolate”, chega neste ano de 2019 e os primeiros sinais dão conta de um artista que não pára de crescer e de surpreender. O poderoso primeiro single “Malade” (com Eazy Dew e Vladimir Cauchemar) e “Normal” fizeram crescer as expectativas para o disco.
Os BaianaSystem são um dos projetos mais estimulantes da nova música brasileira. A banda nasceu da vontade de juntar a guitarra baiana ao “sound system”, sistemas de som criados e popularizados na Jamaica. O disco de estreia homónimo, “BaianaSystem”, foi editado em 2010 e revelava já uma banda empenhada em marcar a diferença no panorama da música brasileira. Na altura, esta banda baiana também ficou conhecida pelas suas inesquecíveis e arrebatadoras atuações, cheias de cor e imagens ao serviço da música. Russo Passapusso (vocalista), Roberto Barreto (guitarrista) e SekoBass (baixista) nunca pararam de experimentar e de arriscar, como provam os discos seguintes: “Duas Cidades” e “Outras Cidades”, editados em 2016 e em 2017, respetivamente. A música brasileira juntava-se ao reggae e afrobeat, com um toque de hip hop, dubstep e até rock – e este festim de sons fez com que os BaianaSystem se transformassem na banda sensação no Brasil. No ano em que completam 10 anos, os BaianaSystem entregam ao público o seu disco de originais, “O Futuro Não Demora”.