Sara Carreira acabou de lançar o seu EP de estreia “Metade”. A juntar a este lançamento foi uma das convidadas especiais do concerto do irmão, David Carreira na Altice Arena.
A Sara esteve à conversa com a Glam Magazine depois desse concerto e deixa aqui o essencial sobre o seu disco e sobre essa participação no concerto.
Olá Sara, a pergunta que se impõe sempre. Nascida e criada no meio da música era inevitável seguires a carreira musical?
Inevitável era. Mas como é óbvio ajudou muito, está é a minha realidade desde que nasci, e quase que me estava destinado.
Como foi o apoio da família, principalmente do teu irmão mais novo que poderia ver em ti uma “concorrente”?
Nós ajudamos-nos diariamente em cada escolha, dúvida que haja. Somos família e estamos sempre presentes uns para os outros sem qualquer tipo de competição. Há espaço para todos, cada um a seguir o seu caminho sempre com o apoio dos outros.
Depois de aulas de canta, dança e representação gravas “Vou Ficar”. Qual a sensação de ver cá fora o projecto que tanto trabalhaste durante quase 2 anos?
É inexplicável. Muito trabalho atrás deste ep, muita história, e grande pedaço de mim. Não podia estar mais feliz e agradecida por tudo o que estou a viver.
“Vou ficar” é um tema sobre encontro e desencontros, gostas de te concentrar na vida real na escrita das canções?
O meu objetivo com o meu ep era que com ele me conseguissem conhecer enquanto artista mas também enquanto pessoa. Por isso, tudo o que está nele, é real. A maioria dos temas são sobre experiências pessoais mas das pessoas que me rodeiam.
O Nuno Ribeiro tem sido uma peça importante na tua carreira?
O Nuno Ribeiro, é sem duvida alguma uma pessoa muito importante para mim. É com ele que escrevi e escrevo tudo. Expressar os nossos sentimentos por vezes não é fácil e é com ele que o faço e acaba por ser quase como um confidente.
“Gosto de ti”, o tema em dueto com o David bateu records. Estas a “roubar-lhe os fãs” ou a abraçar também esse público com esta declaração?
Os fãs não são “roubáveis”. Sempre me senti apoiada pelas pessoas que admiram a minha família, e muito sortuda por se terem tornado uma família.
Em Outubro foi editado “Para não chorar” e em Novembro finalmente a estreia com o EP “Metade”. Depois dos singles qual a sensação de ter cá fora o EP? E já agora “Metade” porquê?
É incrível. Foi um processo de quase 3 anos, para ter a certeza que eu estava 100% segura do resultado final. Sei que este ep é a minha “Metade”, um reflexo e um pedaço de mim. Ajudou-me em muita coisa, e faz parte de mim, daí ser a minha metade, que agora também é vossa.
“são tudo um mar de clichés da vida adulta”. Este disco é um espelho do teu crescimento enquanto pessoa?
Sim. Este ep acompanhou-me ao longo destes quase 3 anos por isso, acompanhou o meu crescimento enquanto pessoa mas também enquanto artista. Mudei imenso, e podemos ver varias fases da minha vida nele.
Um trabalho rico em baladas. És uma rapariga romântica?
Eu quis através deste ep, ter uma linha contínua daquilo que me projeto a fazer no futuro: baladas. Considero-me uma rapariga bastante romântica, ingénua, genuína no que toca ao “amor”.
Para além dos discos tens um cuidado muito grande na imagem que apresentas das tuas canções nos videoclips. É importante o vídeo para difundir a tua música?
Sim, acho que para além da audição o visual é o que dá forma àquilo que as palavras transmitem. Para mim os videoclipes são a reflexão exacta do que o áudio significa, como tal acho que o impacto é sempre maior quando acompanhado com o vídeo.
No passado sábado foste um dos convidados do teu irmão no concerto na Altice Arena. “Gosto de ti” ao vivo ganhou mais energia ou emoção? Qual a sensação de estares numa sala imensa como a Altice e ainda por cima esgotada?
O altice para mim é como a minha segunda casa. Cresci com esta sala no meu coração, e poder voltar a cantar este ano, mas desta vez com o meu irmão foi incrível. Adoro cantar com o David, e poder viver este momento tão importante da carreira dele com ele foi mágico.
Depois de “Metade” quais os próximos passos da Sara como artista?
Neste momento os meus principais focos são o meu ep e a minha primeira tour em 2020.
Entrevista conduzida por Paulo Homem de Melo
Fotografia de Arlindo Homem
