Portugal Fashion Bloom…. Rita Sá apresentou “Casa de ferreiro, espeto de pau”

Rita Rodrigues de Sá, nascida a 7 de julho de 1996, concluiu no ano letivo 2016/2017 a sua licenciatura em Design de Moda na Escola Superior de Arte e Design, em Matosinhos. Em julho de 2017 alcança o segundo lugar no concurso Jovens criadores PFN e o segundo lugar no con-curso Jovens Criadores i9Jovem. Tendo desenvolvido vários projetos no decorrer da sua licenciatura, destacase a coleção de final de curso de Moda de Autor, “Diz-Orientation”, que lhe permitiu ser um dos finalistas selecionados para o concurso Sangue Novo da Moda Lisboa, na edição de outubro de 2017.
Tendo conquistado uma Menção Honrosa no referido concurso, obteve entrada direta na edição de março de 2018, onde apresenta a coleção “Telhados de Vidro” e é novamente distinguida com uma Menção Honrosa. É igualmente distinguida com o prémio FASHIONCLASH, que a levou a apresentar a sua coleção no reconhecido festival em Maastricht, Holanda, em junho do ano corrente. Em Maastricht conquista o prémio Vancouver Fashion Week, que lhe dá a oportunidade de apresentar coleção na semana de moda de Vancouver, no Canadá. Em dezembro de 2017 é convidada para incluir o grupo dos três representantes portugueses no concurso Moda Portugal Fashion Design Competition, num total de nove países presentes.

Com a coleção “Telhados de Vidro” torna-se ainda uma dos finalistas do concurso REBELPIN – Fashion Awards by ACTE, que decorreu em Berlim, Alemanha, em julho do ano corrente.

Casa de ferreiro, espeto de pau” é o mote da coleção FW19/20, que descreve alguém que possuiu determinada habilidade, mas que não a usa em seu favor. A mesma função desempenhada pelo mesmo indivíduo revela um paradoxo entre aquilo que é feito com zelo e empenho quando é feito para os outros e, consequentemente, sem esforço nem investimento quando é feito para si próprio. Talvez por falta de tempo? Ou porque prefere não se dar ao trabalho?

Não se sentido como uma prioridade, o indivíduo prefere poupar-se de esforços, não tirando partido daquilo que é capaz de fazer. Na falta de melhor, acaba por ter de se contentar com soluções menos eficazes e que não estão preparadas para cumprir determinadas funções. Esta ideia materializa-se no recurso a peças que, descontextualizadas das suas funções originais, passam a cumprir outras funções que não aquelas às quais era suposto servirem.

À medida que vão surgindo os problemas é possível perceber como a personagem prefere remediar as situações em vez de investir tempo em solucionar o problema, refletindo-se numa postura de despreocupação e facilitismo. Detalhes de peças incompletas revelam a falta de compromisso que sente em relação à sua imagem e às suas necessidades. A silhueta vai igualmente tornando-se gradualmente mais despreocupada. O resultado desta postura traduz-se numa imagem que fica aquém daquilo que seria expectável, descuidada e remediada.

 

Fotografias: Paulo Homem de Melo

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