Piny leva G Rito ao Centro Cultural de Belém

A mulher e a descolonização do corpo feminino têm sido assuntos prementes no meu trabalho e que quis continuar a desenvolver.

Através das ligações, da história, das tensões, das proibições e dos desejos, quis explorar as áreas cinzentas entre luta e sexo, entre cuidado e erotismo, entre dor e prazer, pois sinto que essas dualidades são também o espelho do corpo individual e do coletivo.

 

“Para o espetáculo .G Rito reuni uma equipa de mulheres, oito intérpretes em cena, incluindo a operação de luz e o live act sonoro.

A música conduz, a voz assume o papel de instrumento primordial e a máquina torna-se o guia do ritual. Existe uma colaboração com Carincur, artista que nos últimos anos tem elaborado a sua prática e pesquisa através de experiências simbólicas que dobram os tecidos sócio-tecnológicos, onde a imagem do humano normativo é tecida num trabalho híbrido com a tecnologia. Da euforia à contemplação meditativa. E, assim, cruzámos universos.”

 

É um tempo tão antigo que ainda não o encontrámos à frente.

Soltar o corpo em marcha no prazer não silenciado e na liberdade que ainda é luta. Há um ritmo em todas as mudanças e o que vibra é o que sentimos em sabor e o que antecede o entendimento.

A voz é uma só, mas ninguém sabe mais disso, foi esquecido. Sai num chamado sem fim, vai chegando sem chegar, desde um tempo que ainda está para ser. Não esperamos no entanto pelo que sempre esteve aqui.

 

De prazer. .G De cerimónia, RITO De libertar. GRITO… dias 18 e 19 de Dezembro no CCB, com conceito e direção artística de Piny

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