Pedro Abrunhosa Ilumina Noite Portuense

A Super Bock Arena recebeu, ontem, dia 11 de março, pouco passava das 21:30, Pedro Abrunhosa, acompanhado pelos Comité Caviar e pela Orquestra Clássica do Sul.

O que dizer? Já todos sabem que o recinto do concerto estava esgotado. Todos conhecem as músicas de Pedro Abrunhosa, mesmo que seja nova, e mesmo que não tenhamos conhecimentos de música e de timbres, todos sabemos distinguir a sua voz, é única. É um grande compositor, um poeta, que intervém com a palavra, com a música. Pedro Abrunhosa, sabe a importância da Cultura, sabe a importância de se viver numa democracia, sabe o quão precioso é ter o dom da palavra.

A noite de ontem, foi verdadeiramente única, carregada de empatia por aquele povo ucraniano, que tanto está a sofrer, para defender o seu país, e tudo o que lhe é inerente. O público vibrou, do início ao fim, cantou, bateu palmas, acendeu a luz das lanternas dos telemóveis, foi verdadeiramente inebriante.

 

Carolina Deslandes, foi uma das convidadas, que interpretou o tema “Leva-me P’ra Casa”, o público adorou. Carolina, iria interpretar um outro tema com Pedro Abrunhosa, “Ilumina-me, o tema que fechou o concerto, antes do encore, mas devido a problemas vocais, não foi possível, o público fez o que gosta, e participou ativamente no tema.

 

Destaco todo o concerto em si, os músicos do Comité Caviar, a outra grande convidada da noite, a Orquestra Clássica do Sul, foram grandes, uma performance fantabulática. Destaco, também, por questões de empatia, os dois primeiros temas, “A.M.O.R”, e “Que O Amor Te Salve Nesta Noite Escura”, interpretados com imagens dos últimos acontecimentos desta guerra, chorei mesmo, porque a letra rasga-nos a alma, e ao mesmo tempo faz-nos acreditar, porque o Amor é mais forte. Destaco, por uma questão de gosto pessoal, os temas, “Momento”; “Se Eu Fosse Um Dia O Teu Olhar”; Vem Ter Comigo Aos Aliados”; “Para Os Braços Da Minha Mãe”; “Tudo O Que Eu Te Dou”, entre tantos outros.

 O público vibrou, e acompanhou todo o concerto, era um público muito heterogéneo, viam-se famílias inteiras, e isso é que é cultura.

A Cultura une gerações, e o Pedro Abrunhosa, não tem idade, tem o poder de unir, com as suas músicas,  várias gerações, e isso é bonito. Concerto magnífico, épico, ficava toda a noite a ouvi-lo, a cantar e a falar. Senti-me uma privilegiada, por poder estar ali, por poder, agora, escrever sobre o que vi.

Aproveitem a vida, os momentos mais insignificantes, porque a vida é “um momento”.

 

Reportagem: Ana Cristina
Fotografias: Sergio Pereira

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