Palavras de Ondjaki ganham vida no palco do Teatro Carlos Alberto…

O Convidador de Pirilampos começou por existir nas palavras do escritor angolano Ondjaki e nos desenhos do ilustrador, cartoonista e performer visual António Jorge Gonçalves.

Agora, no Teatro Carlos Alberto (TeCA), os espectadores vão conhecer a história de um menino que gostava de passear na Floresta Grande, “mesmo quando já fazia quase-escuro”. O espetáculo – “um sonho sonhado em palavras, imagens e sons, num palco coberto por uma escuridão assustadora e bonita” – estará em cena de 11 a 13 de dezembro e é narrado pela atriz Cláudia Semedo, acompanhada pelo clarinetista José Conde.

 

O menino de O Convidador de Pirilampos é muito curioso e gosta de cientistar coisas, verbo que designa o que os cientistas, os inventores e as crianças fazem. Um dia, este menino – que vive com o Avô – inventou, por exemplo, um “aumentador” de caminhos e um “convidador de pirilampos”, com quem fala em código Morse. E, de caminho, vai aprender a ser amigo do escuro e qual a importância das estórias e da liberdade. A obra, inspirada por uma mãe e um filho que Ondjaki conheceu, tornou-se em espetáculo após António Jorge Gonçalves ter sonhado que “meninas e meninos entravam numa sala de teatro segurando na mão pequeninos ramos que colocavam em palco, formando uma pequena grande floresta”.

 

Em cena, António Jorge Gonçalves desenha ao vivo as imagens do livro que são depois retroprojetadas por Paula Delecave. Diz-nos o encenador que a peça é o “desaguar de todos os projetos cénicos que tenho vindo a desenvolver”, convocando “todas as linguagens – voz, corpo, som, imagem – para contar uma história em que o protagonismo narrativo é partilhado por todos”.

 

Photo: Rui Carlos Mateus

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