Depois dos concertos no Teatro Nacional de São Carlos, a terceira edição do Festival criaSons inicia a circulação e tem como primeira paragem a cidade de Évora, levando ao Alentejo toda a sua transbordante energia e riqueza musical.
De 2 a 4 de Julho, o Teatro Garcia de Resende recebe os programas de António Victorino D’Almeida, Mário Laginha, e Tiago Derriça.
Com programas desenhados por grandes compositores da música portuguesa e obras especialmente compostas para o evento por um rol de compositores emergentes, o criaSons continua fiel ao ousado objectivo de promover uma dinâmica de ecletismo e de cruzamentos musicais.
Nesta visita àquela cidade alentejana, o criaSons apresenta três dos cinco concertos inéditos desta edição. O programa que abre a temporada é o de Tiago Derriça, dia 2 às 21h30, intitulado “Aos ombros de gigantes“. O concerto tem como fio condutor a variedade tímbrica do repertório camerístico para cordas e piano, colocando lado a lado obras de diferentes períodos da História da Música e perspectivas estéticas.
No dia seguinte, também às 21h30, o maestro António Victorino D’Almeida apresenta a selecção exemplar “As Suites Teatrais II“, reunindo obras da sua autoria, feitas para três diferentes peças de teatro. Textos de Bertolt Brecht, Fernando Arrabal Terán e Jorge Salazar Sampaio ganham vida sob o olhar – e o ouvido – atento do compositor, com melodias que, ao mesmo tempo que responsáveis com as mensagens originais, refletem a sensibilidade singular de António Victorino D’Almeida.
Por fim, às 18h00 do dia 4, e encerrando a passagem do festival por Évora, Mário Laginha apresenta “Que música é esta?”, um desafio para nos levar a entrar em contacto com emoções de outra ordem, e de resistir à tentação de classificar o que se ouve, no qual assume o papel de compositor e intérprete.
Os espectáculos contam com direcção de Brian MacKay e com interpretação de mais de 30 músicos dos quais destacamos Mário Laginha, a Musicamerata e o Quarteto Lopes-Graça, o violinista Eliot Lawson, Taíssa Poliakova, Paulo Jorge Ferreira e muitos outros, sempre a conjugar o tradicional e o contemporâneo para alcançar configurações e experiências musicais inéditas.
