O aconchego e a intimidade de Mafalda Veiga ao Vivo

É no aconchego da sua intimidade e no de uma guitarra que Mafalda Veiga compõe as suas canções, as quais ganham outra vida quando trabalhadas com outros instrumentos, arranjos, produção. Aliás, Mafalda tem várias canções que, ao longo dos seus 30 anos de carreira, se “vestiram” de arranjos muito diferentes, tornando-se quase novas canções. Mas um reportório tão vasto basta-se a si próprio e o desafio deste espetáculo, no qual Mafalda se apresenta em solo absoluto, é transpor essa intimidade tão dela e da guitarra e mostrá-la ao público – só a Mafalda e as suas canções, as suas guitarras (entre elas a nova guitarra azul) e muitas das ideias e instrumentos que usa e que a convocam para escrever e compor.

 

Para tal, é recriado em palco o ambiente da sala/estúdio da Mafalda e vários momentos vão ser construídos mesmo ali, de frente para o público, sem rede. Neste espetáculo estão contempladas algumas das canções incontornáveis da Mafalda Veiga, bem como do mais recente disco “Praia”, como por exemplo o tema “Olha como a vida é boa”, que integra a banda sonora da telenovela da TVI “Jogo duplo”, bem como outras que têm deixado saudade e que voltam agora a ganhar voz, tais como “Gente perdida”, “Fragilidade”, “Una Casa”, entre outras. A Mafalda convidou também o Rui Reininho a adaptar para português algumas das suas canções preferidas, o que ele fez com a classe e o humor subtil que tanto o caracterizam, sendo um dos momentos surpreendentes deste “Crónicas da intimidade de uma guitarra azul”. A Mafalda Veiga, na sua forma mais simples e direta ao coração; como só ela sabe, dia 12 de Janeiro no Centro de Artes de Águeda.

 

photo: Julia Oliveira / Arquivo Glam Magazine

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