Nascentes regressa às Fontes entre 3 e 7 de julho

Já há datas e confirmações para a edição 2024 do NASCENTES. A ter lugar entre os dias 3 e 7 de julho na aldeia das Fontes em Leiria, o festival propõe, este ano, uma programação composta por artistas oriundos de dezoito nacionalidades e quatro continentes, criando uma verdadeira tapeçaria multicultural marcada pelo cruzamento de influências. Uma programação que promove a partilha e uma corrente de escuta atenta ao outro, para que possamos, em conjunto, refletir sobre temas como a vulnerabilidade, a empatia ou a resiliência.

Naquele que é o cartaz mais internacional de sempre do NASCENTES ouve-se o  afro-psicadelismo dos BCUC, a música de inspiração globetrotter dos Collignon ou a impressionante reinterpretação que Verde Prato faz sobre a língua e cultura basca. Há ainda espaço para os novos folclores em movimento, tanto o que assenta na diáspora musical das Américas, Ásia e África dos Yeli Yeli, como o que nasce do mergulho nas águas culturais da identidade do Nordeste brasileiro dos Rastafogo.

Neste mundo em fluxo constante, os encontros acontecem, muitas vezes, em novas paragens. Veja-se, a exemplo, a forma como as Haepaary reconstroem as rígidas e ancestrais tradições musicais sul coreanas; a força com que os Insan Insan vocalizam questões importantes sobre a legitimidade dos líderes políticos e a defesa da liberdade sob o manto da riqueza da música árabe; o modo como os O. desenham, com mestria, uma ligação entre a urgência do rock experimental e a improvisação do jazz; as incursões que o esquadrão internacional El Khat faz pela folk e pop iemenitas ou os universos de intimidade e urgência do multi-instrumentista e compositor Samuel Martins Coelho.

Um cartaz reflexivo que se consubstancia também em propostas de forte apelo à dança, da salsa caldeirão cultural dos La Tremenda Sonora; à ponte transatlântica entre Cabo Verde e Amazónia dos Arapucagongon; ao hipnotismo dos teclados sírios de Rizan Said ou o imaginário único do cabo-verdiano Claiana.

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