MEO marés Vivas… Segundo dia ao rubro com David Guetta

Um segundo dia completamento lotado, assim se resumo a noite de sábado no MEO Marés Vivas.

Filha do youtube, Carolina Deslandes encontrou na Internet uma forma de se mostrar ao mundo. Fruto do que as novas tecnologias podem fazer pela música, veio ao MEO Marés Vivas mostrar a qualidade do seu produto.

Conhecida, famosa também pelo seu mais recente tema conjunto com Rui VelosoAvião de Papel“, tocou-a (e citando) “sem o Rui, mas convosco“. Tinha anteriormente entoado o tema “Casa” onde nos convidou a entrar naquela que é a sua morada, a sua realidade. “Já que me recebem tão bem na vossa casa, deixem-me convidar-vos a entrar na minha”, disse. Alguns dos temas mais antigos são ainda cantados em inglês. Força das circustância, escreveu “heaven“. Foi no dia da morte do seu (mais do que) querido avô que resolveu criar esta sentida homenagem que a certa altura deixou de a trazer para os concertos.

A sua presença jamais estaria concluída sem “Vida Toda” que é o verdadeiro hino ao Amor e à Vida, mas ainda houve tempo para relembrar o Zé Pedro e os seus (nossos) queridos Xutos e Pontapés com “Circo de Feras“.

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Black Mamba é Black Mamba e ponto. Nada mais há a dizer! Basta que entrem em palco para que seja entretenimento puro. A “dance eletrónica” é contagiante e a presença em palco é meia festa. Insistentemente agradecido pela presença massiva do público neste segundo dia de festival, relembrou outras passagens ainda, na “Praia do Cabedelo”.

Os Black Mamba cresceram, assim como o MEO Marés Vivas e o relacionamento com o público intensifica-se. “Obrigado por participarem nos nossos festivais e apoiarem a música portuguesa… Make some noise!”. Uma contradição linguística, desculpada pelo idioma escolhido para cada um dos seus temas. Cantam em inglês, mas animam em português.

Os Black Mamba sabem o que o seu público quer. Fazem bem, não só no que concerne à forma como criam música, mas como se apresentam em palco. Sabem que sem o público, de nada lhes vale as vendas de discos. Querem estar perto e não há melhor forma de o fazer que não através dos epetáculos ao vivo. Nada melhor do que sentir o calor da multidão. “É por isso que aqui estamos“, enfatiza Tatanka enquanto deixa tudo em palco. Saem exaustos, mas conscientes que agradeceram da melhor forma a quem os segue desde sempre.

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É altura de acalmar! Depois de serem cantados os parabéns ao Nuno Markl da Rádio Comercial pelo seu aniversário, eis que chegam os muito esperados Kodaline. O público mais jovem chega-se para junto das grades. Não só para assistir aos grandes Kodaline, mas também antecipando a tão aguardada participação de David Guetta.

Depois dos Black Mamba, vem mesmo a calhar uma atuação mais calma. Não pela vontade dos intervenientes que fazem as delícias do público, mas pelo repertório e pelo registo mais tranquilo.

Não sendo propriamente uma banda que possa inicialmente ser considerada para um festival e verão, os enganos são desfeitos com a entrada em palco. Os ex 21 Demands, de Stefan Garrigan e companhia, apresentam o melhor do indie irlandês. Repletos de instrumentos típicos da região e com um sem fim de hits musicais, alegram desde os mais jovens que ainda por aqui marcam presença, como os seus pais, ou parentes (um pouco) mais velhos.

Entoa-se “High Hopes”, “All I Want” e “Love Like This” entre outras. O segundo dia do MEO Marés Vivas está prestes a terminar e reforça-se a ideia de que este festival jamais deve passar ao lado das agendas dos festivaleiros.

Têm sido vários os visitantes provenientes do país vizinho e a tendência, pelo que pudemos apurar, é que venha a aumentar. Tem vindo, ano após ano, a ser um cartaz cada vez mais trabalhado e melhorado e esta edição de 2018 é prova disso. Não sabemos se pela emoção, qual anos 60 ou se por outra qualquer questão menos ética, o certo é que Kodaline levam já uma vantagem para com os seus “concorrentes”. Graças a eles, a assistência vê-se forçada a consultar e pedir auxílio aos elementos da Cruz Vermelha que têm, também eles, sido uma força de excelência nestes festivais.

Que mais dizer sobre os Kodaline? NADA! … apenas “tivessem vindo que não se teríam arrependido. Venha de lá “esse” David Guetta!

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David Guetta é um campeonato à parte. Mesmo para quem não é adepto desta modalidade musical, tem de lhe reconhecer o respetivo mérito. O “one man show” demorou a subir ao palco, mas assim que acabaram de afinar os complicadíssimos sistemas de luzes e lasers, fez-se luz. …quer dizer, apagou-se a luz!

O barulho ensurdecedor fazia prever que o francês estaria prestes a subir à gigantesta estrutura instalada em cima do palco. Quase nem se via, mas também o importante é o espetáculo, certo?

Música após música, hit após hit, as referências eram sempre conhecidas do público. Cramberries, Kill Bill, Pharrell Williams, … é só escolher! Cada Kb descarregado dava mote a mais um slato, mais um grito, mais uma vibração.

Para acompanhar a grandiosidade e a loucura causada pelo DJ francês tínhamos o espetáculo pirotécnico. S. João, S. Pedro, Sto. António… A antiga Seca do Bacalhau mais parecia uma festa popular!

Foi a primeira vez que se viu o recinto totalmente lotado. Não é que não tivesse estado também no primeiro dia, mas era notório que para David Guetta não havia outro local onde alguma viva alma quisesse estar.

 

Ainda não acabou a edição de 2018 do MEO Marés Vivas e já todos falam que foi o melhor concerto do festival.
Como será domingo? Lá estaremos para ver (e ouvir).

 

Reportagem e Fotografias: Nuno Machado

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