“Manifesto II” é primeiro single do próximo álbum “UNTO” dos Traz os Monstros

Durante a primeira maratona de concertos, continuou a necessidade de evoluir, a necessidade se encontrarem como projeto e o seu objetivo. Com isso continuaram a procurar novas formas de expressão, quer liricamente quer instrumentalmente, voltarem algumas das sonoridades dos primeiros EP’s com uma nova fome de ser mais cru com a letras e com a composição instrumental, e dai surgiu a proposta de fazer o segundo álbum do projeto, novamente com a Pé em Triste.

Diferente, mas necessário…” é o que descrevem deste segundo álbum denominado de “UNTO“, mais visceral na sonoridade, voltam ao sintetizadores dos primeiros EP’s mas desta vez com uma camada de overdrive “eletrificante“, dar um novo papel a desempenhar aos teclados neste álbum, enquanto a guitarra desempenha outras funções em contrapartida, para procurar as texturas mais “excêntricas” e outras formas de expressão.

A percussão é criada de raiz, à base de samples gravados pela banda, de vários objetos, metais, vidro entre outros elementos sobre superfícies com diferentes tipos de atrito.

UNTO” é, …será na sua coletividade é uma procura enorme de sobrevivência na nossa atualidade e até de uma certa maneira, profética aos tempos que virão. Liberdade social e pessoal, paradoxos políticos e injustiças, a demolição da “cultura demasiado séria” e os seus falsos pretextos para aproveitamento próprio e económico, em defesa dos incompreendidos pervertidos, estes e outros temas são alvos abstratos da lírica presente do álbum.

O single “Manifesto II” é um resumo dessa nova sonoridade que irá predominar no álbum, uso dos instrumentos, como a guitarra elétrica, de forma pouco convencional e tradicional para criar texturas e padrões de ruídos que remontam para influências industriais, “dance noise” e post punk”.

A percussão do álbum foi samplada pela banda com objetos do quotidiano à procura de sons revigorantes e diferentes, e tem um caracter eletrónico, mecânico e “repetitivo” como a música eletrónica contudo imprevisível devido as suas camadas e variedade sonora, incentivando o “pézinho de dança” ao ouvinte enquanto a forte lírica acerta no “nervo”, provocante, pesada, abstrata e entregue a obscuridade da realidade da sociedade.

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